quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Cansaço ..


Sinto-me extremamente cansada, a vida olhando assim do alto não passa de uma brincadeira de momentos iguais ou parecidos. O fato é que tudo parece mais do mesmo, e nunca uma sequência, na verdade a sequência sempre existiu apenas na minha imaginação, pois na prática tudo acaba em um grande tédio.

Mudei um pouco meu comportamento, antes eu falava mais, hoje em dia eu tenho preguiça dessas coisas, prefiro apenas observar e deixar que o tempo passe, e nunca que se encarregue, existem pessoas que usam o tempo como comodismo " Ah o tempo fará isso ou aquilo " eu simplesmente discordo, nós é que temos que fazer, porém no momento não sinto vontade de fazer ou de mudar nada.

Sei que já falei várias vezes em indiferença, mas agora realmente sinto a sensação de que desliguei a tomada, literalmente falando. Uma grande parte de mim não se importa com mais nada e nem ninguém, as experiências chegaram ao ápice, eu não sei mais lidar com o ser humano, admirá-lo e muito menos depositar a minha confiança, enxerguei de maneira perfeita e sem volta o quanto as pessoas são falsas, interesseiras..

Meu diferente talvez seja que não critico quem é assim, tem gente que perde a noção de realidade e fala aos 4 cantos sobre a falsidade de fulano e sicrano, eu de modo prático e extremista me desfaço de pessoas assim, sem ataques. Aprendi a separar as coisas que fazem parte da minha vida, eu diria que é mais uma reciclagem, há coisas que são fundamentais, e há coisas que são altamente descartáveis, e sempre me divirto quando jogo algumas coisas no lixo.

Esse cansaço atual é tão diferente a ponto de me deixar sem palavras, por mais que eu fale aqui no blog eu sinto que não disse nada, é como se eu não me encaixasse em lugar nenhum, estou tão seletiva a ponto de sempre ficar só, e admito, minha companhia de fato é a melhor para mim. Quando eu fico de frente comigo as coisas ficam mais claras e, ao mesmo tempo, não sei me expressar, a indiferença é tão grande que tudo que for diferente a isto que estou dizendo, acaba saindo de maneira forçada.

E ai surgem memórias de quando a vida era diferente, tem gente que não se prepara para a vida, confesso, sempre fui uma dessas, sempre falei demais, porém, na prática, sempre fui muito mole e frágil. E não é que agora eu esteja forte, mas estou digamos que, num plano superior a isso, escapo de todo e qualquer teste. E meu cansaço resume-se a silêncio, seriedade e principalmente, a mim mesma. Talvez um dia eu volte a ser fênix, ou finalmente eu tenha chegado a personalidade e a vida que de fato combinam comigo.

Em fases de cansaço, o melhor a ser feito é recolher-se. Os sentimentos mais fortes não foram feitos para serem expostos, desde então, desconfiem quando as pessoas gritam demais, no fundo no fundo, elas estão apenas tentando convencer a si mesmas, que a vida é perfeita, ou, horrorosa.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Paixão e Carência..






Há quem pense que são assuntos distintos, eu também pensei, talvez analisando de uma maneira mais ampla a paixão em nada se parece com a carência, mas, em alguns casos elas se misturam, se envolvem e no final, costumam dar aquele baita nó na cabeça.

Bom, há cerca de 2 mêses me vi em uma situação inusitada e, que trouxe momentos inesperados. As coisas ficaram diferentes, isso é fato. Mas, agora eu penso que a melhor maneira para compreendermos algo exterior, é justamente se fechar um pouco no nosso próprio interior. Eu busquei soluções baseadas em opiniões, mas só pude mesmo entender meus sentimentos a partir do momento em que me fechei completamente e fiquei sozinha.

Hoje ninguém será capaz de roubar a minha paz, e tenho dito, não por medo, não sinto um pingo de medo atualmente e sim, porque me tornei novamente a pessoa inconstante que sempre fui. Estou enjoando muito facilmente as pessoas ao meu redor, é como se o meu desinteresse fosse algo automático, ainda que eu conheça milhões de pessoas diferentes. O fato é que me sinto exigente, e descobri que não existe mal algum em ser assim, tenho bem definido o perfil que eu procuro, e disto eu não abro mão, não mais.

Voltando ao título do blog, eu posso dizer que a carência é a mãe dos cegos. Acredito que a carência tem o poder de cegar e principalmente, de exagerar tudo aquilo que é visto. É difícil eu admitir, mas, de fato, eu estava me sentindo carente, ou no mínimo sozinha, após o fim do meu último relacionamento, relacionamento este que eu já estava acostumada há muito tempo. Então, eu estava absolutamente apta a confundir qualquer sentimento que aparecesse, apenas pelo simples fato de me sentir sozinha depois de tanto tempo.

Confundir um coleguismo com paixão, de fato não é a lembrança mais memorável que terei, mas com certeza foi um aprendizado. É um alívio perceber que não sinto nada, nem mesmo uma simples atração, todas as minhas confusões foram embora. O preço para descobrir foi um pouco caro, abri mão de algumas coisas, e o peso de enxergar outras foi realmente algo inesperado e traumatizante, porém, foi necessário.

Dizem que as máscaras sempre caem, eu concordo plenamente, contudo, eu sou cuidadosa e muito crítica, até mesmo com relação a mim. As vezes as pessoas preferem pensar que foram enganadas, eu sou do perfil oposto, nunca chegarei e direi " Você me enganou " e sim .. " Eu me enganei ".

E quantos enganos já tive, já idealizei pessoas e momentos, até o ponto de não sobrar mais nada de bom dentro de mim. Vivo com os dois pés na realidade, antes machucava, confesso, estar diante de verdades é como pisar em brasas, porém, depois que o tempo passa, o esperado alívio chega, e é isto, sinto-me aliviada.

A cada vez que eu me perco e erro, eu volto mais forte, é como se eu fosse uma fênix. Gosto de surgir de repente e surpreender a todos, carrego esse espiríto de renovação dentro de mim. Defendo até os limites tudo aquilo que quero, o diferente é que meu querer é passageiro, posso querer hoje e amanhã não, e digo e repito, ultimamente nada me empolga, as pessoas e situações são as mesmas, as aventuras também, talvez quem tenha mudado seja eu, mas mesmo assim tento me divertir com o meu próprio tédio.

Sobre a carência, apenas tenham cuidado, ela indica de forma bastante clara o quanto falta amor próprio. Me orgulho muito por ter voltado a ser independente, hoje eu não confundo nem uma vírgula, quanto mais o que eu quero. A carência é o sentimento falso de que tudo é especial, as coisas se mexem apenas na imaginação. Já a paixão é a sensação de que tudo continua rodando, e não para. Em ambos os casos considero-me indiferente, estou parada, sóbria e enxergando tudo perfeitamente bem.

domingo, 23 de setembro de 2012

Seja bem vinda!



Dizem que falo pouco sobre mim, é bem verdade que algumas partes minhas são secretas, me sinto mais protegida estando e sendo assim. Mas, tudo na nossa vida se liga ao passado, ainda que indiretamente. Voltando no tempo, me recordo da minha adolescência, ela representou uma fase que sem dúvida alguma eu era a pessoa mais discreta e isolada do mundo.

Não vou negar, eu sempre enxerguei muito além do que as pessoas enxergavam, é como se desde muito nova eu pudesse entender tudo, porém, sempre fui pressionada a não dizer, por me achar diferente, eu sempre fazia questão de me calar, era a minha maneira de não chamar a atenção de ninguém. O pouco de isolamento e silêncio que carrego em mim nos dias atuais, refletem exclusivamente a um passado em que eu me escondia por completo.

Ainda que exista preconceito( em todos os aspectos), eu afirmo e comemoro o fato de que hoje em dia isto está muito menor que antes. Há cerca de 10 anos atrás o padrão era muito fechado, a menina deveria gostar de rosa, boneca e ser super feminina, desde já eu fugia desse padrão imposto, me divertia com os meninos e me aproximava das meninas que não se importavam em brincar de bola em vez de boneca. Seja em qualquer nível de " diferença ", eu vejo como uma espécie de algo traumatizante para quem passa, primeiro porque as pessoas geralmente abaixam a cabeça quando são ofendidas, é como se elas mesmas também achassem que estão " erradas ".

Sempre tive uma mente muito aberta, somos todos iguais, independentemente daquilo que aparentemente possam nos tornar diferentes, nunca desmereci ninguém e sei que posso garantir que é algo que nunca farei. Das experiências em que sofri um certo bloqueio por parte de outras pessoas, eu carrego como algo que me deixou mais forte, ainda que isso tenha me tornado sim um pouco mais fechada para as pessoas. A sensação de chegar em uma escola e saber que com certeza além de ser evitada, eu seria motivo de piadas, me tornou uma pessoa mais fria com relação ao sentimento alheio e, ao mesmo tempo, não consigo confiar em muitas pessoas. As pessoas trocaram a homofobia exposta por uma hipocrisia gigante. Eu sinceramente nem sei em qual época aprendi mais, se era na época em que ninguém se aproximava de mim, ou agora em que as pessoas se aproximam, mas depois por medo fogem.

De uma única coisa eu tenho certeza, não sou diferente, e digo mais, não estou aqui para querer ganhar a pena de ninguém. Infelizmente alguns gays tornam isso uma verdadeira novela, se resumem basicamente a ser gay . Eu me considero além disso, sou uma boa amiga, uma boa filha e por fim, uma boa pessoa. Não sou apenas A HOMOSSEXUAL, e sim, muito mais que isso. Portanto, se faz necessário que alguns Gays se retirem do papel de comodismo de " Coitadinho, ele é gay " e mostre de fato para que veio.

É tão engraçado quando a gente olha para o passado e enxerga perfeitamente as mudanças que surgiram. Ao olhar para trás, eu lembro que achei que eu nunca encontraria alguma garota, eu pensava: Não é possível, devo ser a única a sentir atração pelo mesmo sexo que eu. Alguns anos se passaram e hoje em dia carrego um sorriso cínico no rosto com relação a isto. Não usaria o termo pegadora para me definir, embora algumas pessoas me rotulem assim. Num cálculo assim de cabeça, eu acho que já fiquei com umas 50 garotas de 2005 para cá, não é uma quantidade tão grande, mas tendo em vista que um dia eu cheguei a pensar que eu ficaria sozinha por falta de opções, é um tanto que ironico muitas coisas terem acontecido comigo assim.

Sou bem resolvida em todos os aspectos da minha vida, carrego dentro de mim uma força enorme, já vivi e já passei por muitas coisas em minha vida, coisas que me tornaram um ser humano melhor, e claro, pior também. Não vou aqui pregar a bondade extrema, eu tenho sim meu lado ruim, eu diria que péssimo, mas até disso eu tenho orgulho. Eu tenho um baita orgulho da pessoa que eu sou hoje, me admiro demais, e embora eu não tenha o conhecimento de todas as coisas da vida, eu tenho uma intuição que foge de comum, nada passa ou passará despercebido por mim, eu sou a melhor observadora que conheço.

Tenho ido a muitos ambientes Gls ultimamente, eu diria que é uma experiência boa, até mesmo para quem não for homossexual, são as pessoas mais divertidas e respeitosas que já vi. Algo que me chama bastante atenção são os tipos de mulheres que ali tem, existe um tipo para todas as possibilidades, existem as dramáticas, as românticas em excesso, as safadas em excesso e é claro, as curiosas ou heterossexuais. Em rodinhas assim eu me divirto bastante, e claro, me sinto estranha também, sou diferente de todas as que eu vejo, é como se eu tivesse um pouquinho de cada uma delas, mas que não fosse exclusivamente apenas uma coisa. Tenho momentos e faces diferentes, carrego um lado quieto mas ao mesmo tempo, bastante malicioso também, posso ser feminina, mas também posso querer me resumir a calça Jeans e All Star. Eu vejo que para tudo existe um rótulo, ora, não estou aqui para ser rotulada, ninguém vai me conhecer apenas pelas roupas que uso ou os lugares que frequento. Quero ser conhecida pela minha personalidade, inteligência e meu próprio jeito de ser.

Eu preciso confessar algo para vocês, não sou mais tão tímida assim, e perder essa timidez foi algo que embora traumatizante, trouxe momentos maravilhosos. Sempre bati na tecla de que eu era tímida ou então que fugia das coisas quando tornavam-se sérias. Tenho aprendido a ser bem cínica na verdade, eu transformava minha vida em algo tedioso ao esperar que as coisas caíssem do céu, agora tenho ido atrás de tudo que eu quero, em todos os aspectos. Se estou interessada em uma mulher, eu não perco mais tempo, e tenho tido boas experiências até então. Aventuras quando são bem vividas e não sao levadas a sério, fazem um enorme bem.

Não quero ser levada a sério, tem um trecho de uma música que bem me define agora: "Faço de conta que sou levada, pra ser levada em conta." Aprendi a conviver bem comigo mesma, não me entrego de bandeja a quem se interessar e não confio plenamente em ninguém, inclusive em mim mesma. Posso ser má as vezes, e se eu não confio em mim, porque alguém se atreverá a confiar?

 E sou assim, leve, livre e ao mesmo tempo forte, tente me prender e perceberá que posso te quebrar.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Restos não me interessam ...



Pensei que 2012 seria o ano em que eu menos me questionaria a respeito de relacionamentos, obviamente eu estava enganada. Tenho vivido experiências que, acima de tudo, me fazem aprender bastante, apesar de todas as passagens tediosas, tristes ou alegres.

As pessoas tem uma mania de resumirem relacionamento apenas entre namoro. Eu, penso de maneira diferente, vejo relacionamento como algo extenso, em todos os aspectos. Uma vez, um dos maiores poetas brasileiros disse: Raspas e restos me interessam, ora, porque temos essa mania de nos conformamos com pouco? o maior segredo da vida é o tal do amor próprio, sem dúvida alguma. Quando amamos a nós mesmos, somos mais confiantes, maduros e fortes.

Talvez a Cazuza faltasse um pouco desse amor próprio. Tem gente que é assim, se doa, se doa e se doa, e sem perceber, vai se secando, perdendo características incríveis apenas para agradar ou conquistar aquilo que não será conquistado. Vamos acordar minha gente, não é preciso ter desgastes, tristezas ou qualquer outra coisa .. se a pessoa gosta de você, ela estará ao seu lado, não adianta complicar ou buscar outras teorias, a verdade absoluta é esta.

Ultimamente eu não tenho muito a falar sobre relacionamentos, no sentido de ser um namoro. Considero-me solteira desde Setembro do ano passado, depois dali, me meti em diversos rolos, um troca troca, mas, com relação a de fato estar junto de alguém, eu realmente não tenho experiências recentes, e pra ser bem sincera, isso não me fez falta, muito pelo contrário. Lembro que quando eu namorava, eu era bem diferente, muito insegura e acima de tudo, eu não me amava. De 2011 pra cá, é evidente a minha mudança, fisicamente eu me cuido muito melhor, gosto do que vejo no espelho, a aparência física sofreu um " UP ", e a maturidade me trouxe liberdade. Tem coisas que se aprendem assim, estando só, não adianta se cercar de pessoas ou de namoros vazios, a experiência mais válida do ser humano é quando ele convive com si mesmo.

Tenho me sentido muito pensativa ultimamente. Sabem aquela sensação de que tudo, absolutamente tudo, tornou-se monótono? sei que não sou a única a me sentir assim, talvez a minha grande diferença esteja no fato de que eu sei quando devo agir, eu tenho minhas estratégias, planos e quem sabe até um pouco de mistério guardado em mim. O fato que me divide e me incomoda ultimamente é que, me sinto cansada, extremamente cansada de todas as relações que eu tenho em minha vida. Sinto que não sei construir nada que seja forte, enquanto alguns conseguem " cativar " outras pessoas, eu me sinto em um perfil totalmente oposto, ou seja, acho que em vez de cativar, eu aprendi a saber afastar, e o mérito é totalmente meu. Se encontro pessoas incríveis, eu não sei segurar e simplesmente tropeço, faço besteiras e absolutamente todas se afastam. Se encontro pessoas mais " fáceis ", eu acabo enjoando. Não sei viver nesse meio termo de amizades fracas, mas ao mesmo tempo, não sei cativar aquilo que poderia ser forte.

Restos não me interessam, essa é a verdade. Em alguns momentos eu me acostumo e consigo me adaptar. Se eu recebo restos, indiretamente eu me torno um resto também, algo descartável. Estou eliminando essas coisas da minha vida, é uma brincadeira que não tem mais sentido ou graça. Outro ponto importante que pude perceber em mim é que, nos últimos dias ou mêses, eu não sei ficar sozinha, no sentido de que não estou me permitindo a isso, pelo menos até agora, acabei ficando com muitas pessoas, e foram tantas mentiras ditas, tantos interesses falsos, nunca fiz por mal e muito menos por carência, não sou do tipo carente e frágil, se as vezes quero ter 100 garotas do meu lado, é por ego, e principalmente pelo lado sexual da coisa, sendo bem direta.

Não é fácil me desligar desse lado, gosto muito de jogar, mas, preciso fazer escolhas coerentes e melhores, e não apenas baseada em não ficar/estar sozinha. Se for pra eu ficar, se for pra curtir, que seja realmente com pessoas que eu me identifique, sinta uma puta de uma atração e simplesmente isso. Se for pra chamar de amigo(a), que sejam pessoas que eu realmente saiba que posso contar com elas, ultimamente tenho vários amigos no papel, mas na vida real, acabou virando outra experiência monótona e vazia.

Restos não me interessam, não enquanto eu me sinta assim inteira. Não nasci pra ser metade e não nasci pra querer pouco. E em meio a tantas voltas da vida, o mais importante é não cair. Sou forte, nunca caio, as vezes eu tropeço de leve, e é ai que enxergo as coisas muito melhores que antes. Restos não me interessam, sou indiferente quando devo ser, e até mesmo quando não devo. Não sinto culpa por nenhum erro que eu cometo, no dia que eu for perfeita e certinha, irei precisar urgentemente ser internada.

sábado, 15 de setembro de 2012

Terceiras intenções ..


Guardo minhas verdadeiras intenções em um lugar secreto, confesso, ninguém chega ou chegará facilmente nele. Há uma parte em mim que é tão escondida, misteriosa. Sei que tenho facilidade em brincar com as palavras, transformo pensamentos em frases, capítulos e livros, mas há coisas que guardo, bem intimamente, e você se tornou uma delas.

Não sei se ainda levo jeito para escrever minhas coisas cafonas de outros tempos, mas eu penso que a saudade nos faz voar, em outros mundos. A saudade é isso que tem me incomodado ultimamente. É meio contraditório viver em dois mundos, Daqui há poucos minutos vou vestir meu personagem fútil de sempre, me divertir, falar e fazer sacanagens, sem arrependimentos, no máximo talvez com uma ressaca moral no dia seguinte. Tentarei mais uma vez, fugir dessas terceiras intenções, de você.

Queria que você aparecesse na minha porta e torna-se tudo mais fácil, ou no mínimo real, queria sair um pouco desse mundo de fantasias e superficialidade, e ir de encontro ao que de fato me interessa. Não há como eu falar de interesse e não pensar em você, no seu sorriso, na maneira com a qual facilmente você diz suas bobagens. Você é toda errada, e talvez por isso eu goste tanto assim. Temos a facilidade de entrar e sair da mesma maneira.

Não tive muito tempo para pensar, falar e demonstrar. Acredito até que isso seja uma sorte, tendo em vista que sempre faço a coisa errada, sempre carrego esse medo estúpido de me encantar por algo. Eu não nasci pra essa vida de querer alguma coisa. Nasci pra ser livre, não sei lidar quando eu sei que existem expectativas em cima de mim, mas, dessa vez eu queria ser a melhor, queria impressionar, mostrar coisas diferentes, pensei em te atrair para o meu mundo, da mesma maneira que fui atraída para o seu.

Não tem como falar de terceiras intenções e não lembrar do mestre Cazuza, na verdade a música " codinome beija-flor " me inspirou de certa maneira, sem contar que, assim como o cazuza, eu vivo o que eu digo, e digo o que eu faço. Entre uma vida monótona e certinha, eu sempre vou optar por aquela em que eu sinta meu sangue fervendo, ninguém faz ideia do quanto posso ser diferente se eu realmente quiser me jogar pra vida, pra viver. No momento ainda tenho meus pés presos, ainda que de maneira fraca, a qualquer momento posso sair.. Mas como seria bom se, ao sair, você fosse a minha primeira visão, a minha primeira aventura.

É certo que, o mundo é enorme, chances surgem a qualquer momento, e por eu ser inconstante, sei que existe uma grande chance de esquecer rapidamente o que eu disse agora, mas, ainda assim, acho válido que isso fique escrito, registrado. Não é qualquer mulher que consegue isso de mim, essa inspiração, essa saudade e esses sentimentos confusos.

Sei que minha postagem de hoje foi direcionada a alguém que com certeza não irá ler meu blog, o que torna isso mais fácil para mim, por orgulho e ego eu jamais diria tudo que eu disse agora. É meus caros leitores, esse bicho estranho chamado saudade, me pegou de jeito, o mais bizarro é que é uma saudade daquilo que nunca existiu.

Eu sei que é estranho, muitos irão se questionar a respeito dessa saudade, não sei se esta sensação acontece só comigo ou se outras pessoas também sentem. Não tenho receio de admitir, sinto saudade da companhia, e principalmente do bem que ela me fazia. Sinto até saudade daquela malícia que ficava subentendida as vezes. Saudades do que nunca existiu, talvez seja a melhor ou a pior saudade.

Ultimamente sinto-me estranhamente sozinha, não encarem como um tom dramático, pois não é. Minha essência é justamente essa, carregar essa solidão comigo. No meio do caminho as vezes paro, encontro pedras que acho valiosas, tenho vontade de ficar ali parada apenas admirando-a, mas não posso, tenho que seguir a rota que eu mesma preparei para mim.

Se alguém me perguntar sobre a saudade, direi que ela tem o poder de sobreviver, foge da lógica, da razão. Direi também que ela nos torna mais humanos, direi que ela está tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe de mim, e que seus olhos são os mais lindos que já vi, ainda que seja apenas até amanhã.

Os meus segredos de liquidificador, eu realmente não digo. Compartilho um pouco apenas das minhas terceiras intenções, hoje, elas se resumem a você, com toda intensidade. Amanhã, ah meu bem, o amanhã é tão incerto, prefiro que você esteja aqui hoje. Sobre o amanhã, eu não garanto, minhas emoções são intensas, mas também são leves. E enquanto você não chega, eu faço de conta que você não faz falta, faço de conta que o beijo de qualquer outra pessoa vai suprir a vontade do seu.

Não sou de ninguém, nem tão pouco sua. Sempre estarei rodeada de pessoas, e pra ser sincera, eu gosto disso, faz bem para o meu ego, e de quebra, ainda alimenta meu espírito de jogadora. Me divirto, minto e uso. A única verdade que carrego atualmente é que, literalmente, eu carrego você.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Mulheres também broxam.


Sim meus caros leitores, as mulheres também broxam. Nos últimos dias escutei uma frase que me causou um certo impacto misturado com uma vontade sórdida de rir, bom, em uma conversa eis que surge essa pérola " Vou desistir de homens, é mais fácil agradar uma mulher. ". Bom, agora que finalmente parei de rir, enfim irei comentar o que eu penso. Como assim é mais fácil? não que eu saiba a opinião de todas as lésbicas do planeta, mas pelo menos a minha é de que, o negócio não funciona bem assim não. Meu grau de exigência será o mesmo, ou melhor, eu diria que até maior, tendo em vista que com um pedaço de bunda ou corpo, você levará facilmente um homem para cama, porém, comigo não. Não nasci pra ser açougueira.

Mulheres também broxam, e eu explicarei. Homens vão analisar uma região muito importante de você, a sua bunda. As mulheres serão um pouco mais complexas, afinal, é algo muito além de simplesmente chegar e pegar a pessoa. Eu não consigo sair pegando geral simplesmente porque é mulher, não mesmo. Existe alguns critérios para que haja realmente uma atração, sendo que ela é o objeto principal, já que não somos guiadas por duas cabeças, se é que me entendem. Somos guiadas pelo faro, cheiro, o toque, e não apenas pela aparência física que ali é mostrada. As vezes a mulher é linda fisicamente, porém, na hora do beijo ou de algo a mais, é a coisa mais broxante do mundo.

É, o sentimento de " broxar " não é legal para ninguém, nem para os homens e muito menos para as mulheres. Afinal, o que fazer numa hora dessas? eu dou pistas na verdade, sempre fui muito empolgada e extremamente ligada ao lado sexual da coisa, então, se de repente sou quieta e na minha, com certeza não é por acaso e com certeza não será timidez da minha parte. Eu lembro que aconteceu uma cena dessas no ano passado comigo, eu inventei qualquer desculpa, desde doença a reclamar do horário, e fui embora quase que correndo. Definitivamente, se a atração não bate, eu não sinto vontade de fazer mais nada.

Eu já broxei bastante durante a minha vida, e não falo apenas do lado sexual, e sim, em todos os aspectos. Não consigo me agradar facilmente com nada e nem ninguém, me considero perfeccionista porém não sou fresca, eu apenas tenho minhas preferências, e acreditem, não se resumem em " mulher ". Alguns podem pensar: "ah, ela é lésbica, gosta de qualquer mulher."  ENGANAM-SE DEMAIS! Eu broxo com falta de inteligência, com falta de atitude e principalmente ... com falta de personalidade.

Eu percebo que, entre as opiniões a cerca da homossexualidade, existe uma que é bastante clichê. " Minha amiga é lésbica, então ela quer me pegar porque sou mulher " NÃO, NÃO E NÃO! Pra ser bem sincera, obviamente já tive umas experiências com amigas, não nego, mas isto não se reflete a todas, muito pelo contrário .. 99,9% das minhas amigas, eu olho e não vejo nada demais, apenas amizade. Então a você, que por ventura pode ter uma amiga lésbica, não se preocupe, isso não quer dizer que ela quer você.

Entre ser perfeccionista e fresca, no meu ponto de vista, existe uma enorme diferença. Eu me considero perfeccionista no sentido de que, eu gosto das coisas do meu jeito, só me envolvo ou fico, se a pessoa realmente se encaixar no perfil que é de minha preferência, ser mulher não quer dizer absolutamente nada, ser bonita e ter mil qualidades também não. Minhas preferências mudam, mas, não deixam de perder o foco, sempre gostei de apenas um tipo. E garanto que ser fofinha, ciumenta, grudenta e meio burrinha, definitivamente não entra na lista.

" Sexo entre mulheres não é sexo de verdade " .. ora, então o que eu fiz durante anos da minha vida? brinquei de casinha? Eu nunca vou entender a cabeça de quem pensa que sexo é só pênis e vagina e acabou. Na verdade chego até a sentir um pouco de pena, tendo em vista que de mentes abertas surgem várias ideias, de repente, ainda que a pessoa seja heterossexual, poderia sugerir ao parceiro que ele fizesse mais coisas. Pessoas que realmente são mais entendidas neste assunto, sabem que uma pegada de verdade ( independente do sexo da pessoa) é o que vale de verdade.

Gosto de quebrar tabus, de ser um pouco polêmica quando devo ser. Não tenho medo ou receio de falar abertamente sobre minhas opiniões. Não sei seguir linhas certas e feitas, gosto de sempre criar novas, de ter meu próprio caminho. Não sou muito adepta de rótulos, mas de vez em quando surgem alguns e querem me resumir nele. " Ah, você é lésbica? passiva ou ativa? ". Eu declaro abertamente que, excluo de verdade tudo aquilo que for tão concreto assim, me jogo no ponto de interrogação, deixo que a vida me leve, que minhas escolhas me moldem aos poucos, mas nunca definitivamente. Nasci pra ser 8 ou 80, nunca estarei apenas em um lado só ou sendo apenas uma única coisa.

E minha dica preciosa de hoje é que: Se homem for complicado, mulher é bem mais. Se não souber jogar direito e ter atitude, prefira uma planta.

domingo, 9 de setembro de 2012

Sadomasoquismo



" Sadomasoquismo refere-se a relações entre tendências diferentes entre pessoas buscando prazer sexual. O termo sadomasoquismo seria a relação entre tendências opostas, o sadismo e masoquismo.
É a tendência em uma pessoa que busca sentir prazer em impor o sofrimento físico e moral a outra pessoa. "

Bom, que tal temperar o blog com um assunto que pouco é dito por aí? Na verdade, há tempos quis falar sobre isso, mas antes quis de fato ler sobre isso, entender se realmente é algo que chama minha atenção.

Cheguei a conclusão de que, sim, é um assunto interessante, e que em alguns aspectos ganha o meu gosto pessoal. Na verdade, sempre fugi do convencional, sempre gostei das coisas do meu jeito, e isso vai das coisas mais simples, até as coisas mais complexas.

Sou complexa e intensa, as vezes dou dicas do que sou e do que gosto, mas no fundo, guardo segredos em minha caixa. Mas, voltando ao assunto inicial, ora, alguma vez na vida alguém já deve ter ouvido o termo " sadomasoquismo ", alguns exageram nas opiniões e até mesmo no ato em si, eu respeito o gosto pessoal de cada um, mas, obviamente, eu tenho o meu.

Sempre tive um prazer a mais quando provoco algum sentimento ou dor física a outrem, e não, não me acho anormal por isso. Eu simplesmente sou assim, boa na medida certa, e ruim quando devo ser. Há quem me compre pelo lado meigo, pela amizade, mas, isto é apenas o mínimo de mim, o resto se baseia nisto, em um lado obscuro, mas que sem dúvida alguma é mais intrigante que o outro. Sou intensa em todos os aspectos, dentro de mim existe uma grande energia, que embora não venha fácil e não apareça constantemente, está lá, escondida, esperando apenas a hora de surgir e de se mostrar de verdade.

Na verdade, sou extremamente ligada aos meus instintos, sou bastante intuitiva e observadora, e como boa escorpiana, sou fascinada por tudo que envolva sexo, é um tema que quando bem aproveitado, mexe bastante comigo. Acredito que sempre que encontro a oportunidade de colocar minhas ideias em prática, elas são bem aproveitadas.

Desde 2006 eu me encontrei de verdade, vi do que eu gostava, tive experiências, o que é de grande importância na fase em que a pessoa ainda não se descobriu. As experiências e mulheres diferentes que já tive, me moldaram, me soltaram, já vi e já fiz muitas coisas. E acreditem, ainda existe gente que não sabe o que duas mulheres podem fazer na hora do sexo. Eu só digo uma coisa, se a curiosidade bater, não a satisfaça vendo vídeos eróticos, além de não serem reais, pouca coisa tem a ver com o que realmente acontece. Quando tiver curiosidade, simplesmente experimente. Nascemos para nos explorar, nos conhecer.



Voltando a falar das minhas experiências, só depois de muito tempo eu pude enxergar o que realmente eu prefiro. E em todas as minhas preferências, aparecem esse desejo, eu diria que até insano, de fugir do convencional, de sentir prazer em proporcionar prazer, simplesmente isso. Gosto de cenários e situações diferentes, tenho um imenso prazer em dominar, segurar, amarrar, e claro, mandar. É isso, eu gosto de sentir que quem manda sou eu e a pessoa é apenas um simples objeto que estou usando naquele momento.

Lugares " proibidos " exercem um poder a mais sobre mim. Gosto de situações em que o flagrante é um risco .. quanto mais perigoso, mais eu vou querer, ali, naquele momento, não sei deixar nada pra depois e sempre será assim. Lembro das vezes que corri risco, e sem dúvida alguma foram as melhores, a vontade de puxar, beijar e tocar, aumentavam ainda mais. Eis ai um segredo sobre mim, sempre que eu não puder, eu farei.

Tenho que esclarecer, não tenho tanta experiência em ser sadomasoquista, na verdade penso e quero colocar em prática muitas coisas ainda. Já tive momentos inusitados, mas acredito que é apenas agora que assumirei essa postura, sem tabus, sem vergonha. Sempre fui uma pessoa solta com relação as minhas vontades, já aprontei bastante. Posso sim ter todos os defeitos do mundo, mas nunca, nunca mesmo, eu fujo das minhas vontades.

E vejam bem, até neste aspecto eu tenho gostos contraditórios. Como já disse, eu não gosto de meninas frágeis, de personalidade fraca. Porém, sexualmente dizendo, elas são mais submissas, e isso é um fato que me puxa e me instinga, gosto de dominar. Mas, em contrapartida, eis que surge o meu tipo favorito: As mulheres que realmente tem atitude e pegada, essas são as melhores, inesquecíveis eu me arriscaria a dizer. Elas provocam e sabem de fato jogar, nunca torna-se algo tedioso ou monótono, e digo mais, a disputa realmente fica bastante interessante quando a vontade é mútua e a parceira realmente é uma boa jogadora.

Espero não ter assustado ninguém com essa postagem de hoje, não que eu me preocupe com o que as pessoas pensem ou não, mas, fico no mínimo curiosa para saber a reação de cada um que lê. Eu costumo ser verdadeira e direta, antes eu dava mil e um rodeios, fugia, era cheia de receios e preocupações. Hoje não, se eu quero, sou mulher de chegar e fazer. O jogo estará nas mãos de quem conseguir que eu de fato faça, pois garotas não me interessam mais, há não ser que entrem naquela lista de meninas frágeis que eu gosto de usar, mas o jogo de verdade, somente uma mulher é capaz de fazê-lo.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Quente e fria






Há quem diga que sou fria, ora, análises feitas apenas observando a aparência, sempre serão erradas ou quase isso. Na verdade, tenho em mim os dois lados.

Posso ser a pessoa mais fria, dependendo da minha vontade do momento. Considero-me, acima de tudo, bastante observadora, sei a hora que devo ser quente, louca e corajosa, assim como também sei a hora de ser difícil, quieta e um tanto que previsível.

Eu diria que eu tenho sorte por ser assim, eu fico rapidamente entediada das pessoas, meu prazo para aguentar os mesmos papos e companhias, é curto, e costumo usar da mesma opinião com relação a mim também. Se eu ficar tempo demais sendo apenas uma, eu fico enjoada de mim. Sinto essa necessidade de mudança.

Sou fria com todas aquelas pessoas que não conseguem despertar meus instintos mais insanos, e acreditem, isso é raro, quase que impossível. Ultimamente estou tão acostumada com a mesmice, em estar realmente mais quieta. As lembranças das minhas fases mais loucas, chegam a ser quase antigas, pois de fato não encontrei pessoas que despertassem isso em mim.

Ainda que eu não esteja sendo quente ultimamente, eu sei que ainda carrego isso comigo. Eu apenas não encontrei meu lugar, me sinto presa nessa cidade, com essas mesmas pessoas e lugares, e sei que ninguém que eu conheço irá me surpreender, encaro todas como farinha do mesmo saco, assim dizendo. Tenho em mim, uma vontade absurda de me libertar, de me encontrar, de sentir realmente todas as sensações possíveis, desde o medo, ao perigo, o desejo.

Eu sou escorpiana, e bom, não dá pra negar. Grande parte de mim é voltada para tudo que seja sexual, gosto de peles, beijos, puxões e arrepios, gosto acima de tudo, de ser provocada, nunca resisto a quem realmente sabe me puxar e ' me ganhar '. No dia que eu deixar de ser assim, com certeza eu estarei velhinha com mais de 90 anos. Sou extremamente ligada a fantasias e tudo que for relacionado ao erotismo, e não tenho vergonha alguma de admitir isso. Ora, não sejamos hipócritas, desejos sexuais todo mundo tem.

Porém, algo que deixo bem claro é que, essa explosão de vontade não vai surgir com qualquer pessoa, eu não funciono dessa maneira, sou muito perfeccionista, e eu gosto que seja da minha maneira. Pode parecer bizarro ou diferente, mas, eu seleciono as pessoas apenas com um simples olhar, eu olho e já sei quem realmente pode fazer parte do meu jogo. E apesar de ficar em 99% das vezes com pessoas que não me empolgam, ainda assim, já me divirto nos primeiros minutos, porque depois, eu mesma faço questão de me afastar e enjoar facilmente daquilo.

Sou fria, sem máscaras ou exageros. Minhas palavras mentem muitas vezes, não se sinta especial apenas porque eu te disse isso uma ou duas vezes. No meu modo de ver, as mulheres que podem ser de fato especiais e diferentes para mim, são aquelas mais reservadas, sem muito alarde, sem muitas palavras. Eu gosto de praticidade, de atitude, daquela mulher que sabe chegar de verdade, sem rodeios, sem dramas. De uns tempos prá cá, eu pude enfim perceber o tipo que mais chama a minha atenção, fiz uma análise e percebi que todas as que considero assim são, inteligentes, sérias, frias e bastante sensuais.

O tipo boazinha, boa amiga e meiga, definitivamente deixou de ser um atrativo. Gosto de mulheres fortes e determinadas. Sabem, eu definitivamente passei dessa fase de ter namoradinha, confusões e afastamentos. Hoje em dia eu não tenho medo de mais nada, nem da paixão, e nem do ódio. Estou simplesmente imune a tudo, porém, infelizmente, estou no lugar errado.

Mas o futuro está por vir, sei que a vida a todo instante continuará mudando. O principal é que eu mesma me modifiquei e me enxerguei de verdade. Sou quente, sou fria, sou ruim, sou boa. Eu sempre tenho versões opostas, portanto, cuidado, quando você pensar que me conhece, eu te surpreendo com o oposto. Afinal, as únicas expectativas que eu busco alcançar, são apenas as minhas.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Não sou Flor ..







Há muito, muito tempo atrás, eu conheci uma moça. Até hoje não sei o motivo, mas, as vezes ela me chamava de flor. Desde a primeira vez que ela me chamou assim, eu levei um choque, eu sempre me achei grossa ou estúpida, mas diante dessa moça, eu era diferente.

Lembro-me que bem no início ela fez algo onde todos a julgaram, e entre uma opinião e outra, eu tentei entendê-la, eu que sempre uso as palavras como minha defesa, desta vez não usei, eu apenas a abracei e a perdoei. A partir dali, eu tentei ser diferente, tentei ser aquilo que eu sei que ela esperava de mim, mas não consegui.

Nas minhas memórias ficou gravado apenas uma coisa: " Eu te amo, flor " .. foram as últimas palavras ditas com sinceridade, e talvez a última vez que de fato eu consegui ser uma boa pessoa. Passei anos da minha vida, tentando me encontrar, as vezes eu achava que eu poderia mudar, ser menos egoísta, mas nunca dura. É meu instinto ferir, é da minha natureza carregar tempestades e furacões para todas as pessoas que se aproximarem de mim.

A vida calma e sem desafios, não foi feita para mim. Assim como também não nasci para amar, não sei amar, não sei estar junto. Sempre que tento estar perto de alguém, alguma coisa dá errado, e no fim, sempre deixo lembranças ruins em todas as pessoas que acham que me conhecem. Hoje eu tenho uma verdadeira fobia de quem se aproxima, sei que no fundo, ninguém faz ideia do quanto eu posso ser uma pessoa ruim.

Desde o dia que percebi que decepcionei a primeira pessoa que viu algo bom em mim, eu estou assim. Ela era a única que poderia ficar imune a todas as minhas faces e fases, porém, foi a primeira que me viu de verdade, e que me amou e se afastou, na medida em que foi me conhecendo. A verdade é que eu tenho um lado bom, mas ele é muito pequeno perto de quem eu sou de verdade. Sou uma pessoa que fica feliz com a infelicidade alheia, que joga, que manipula e que principalmente, usa as outras pessoas.

Já tentei por diversas vezes me livrar dessa coisa de usar as outras pessoas, mas é mais forte que eu. Sempre que acho necessário, eu uso quem pode ser facilmente manipulado(a). As vezes digo que gosto, mas no fundo sinto é desprezo. E assim eu vou levando a vida, do meu jeito

Poderia ser hipócrita e negar meus defeitos ( como muita gente faz ). Mas eu admito, e principalmente, alerto as pessoas disto. A consequência de ficar perto de mim, gostar de mim, é totalmente de quem se aproximar, pois eu, sempre deixo tudo claro, ainda que indiretamente.

É, um dia quis ser a flor do bolso daquela moça. Mas estou mais pra espinho, eu espeto quem chega perto, espeto quem aperta demais e as vezes espeto a mão daquela pessoa boazinha, que só está ali para o bem e para admirar. Talvez esse tipo de pessoa, seja meu tipo favorito para espetar, gosto de quebrar tudo aquilo que seja frágil, e faço isso sem a mínima culpa, talvez elas até me agradeçam depois.