quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Desenhando expectativas...


E que atire a primeira pedra quem nunca criou algum tipo de expectativa, eu costumo separá-las, na verdade uma parte do que penso não é rotulada, são rabiscos e pequenas vontades do que quero viver em um futuro nem tão distante assim. Aprendi, e acho que todos vão aprender que, o controle de tudo não está nas mãos de ninguém, as coisas simplesmente acontecem ou não.

É bem verdade que quando eu desisto de algo ou de alguma coisa, rapidamente eu mudo, embora eu possa ser a rainha do drama quando eu quiser, mas não agora, não mais, em 2011 enxerguei claramente que não quero mais estar no papel de vítima, quero na verdade sempre ficar neutra em qualquer situação, e caso ela necessite de um posicionamento, eu prefiro ter controle e impor o que eu quero.

O sabor das frustrações é bem amargo, quem provou entenderá perfeitamente isso. As minhas frustrações me modificam, ainda que eu nem perceba ou não queira, tenho que admitir que uma parte de mim insiste em pagar pra ver determinadas coisas, embora eu saiba que o mais prudente é simplesmente deixar que todas emoções passem, naturalmente, e digo aqui um enorme segredo e jogada: Tudo passa, ou seja, temos sempre duas opções, testar por um tempo e permitir que tudo se acabe naturalmente, ou então nem testar e observar que tudo se acaba, a conclusão será a mesma, talvez o meio seja diferente em todos os casos.

Sou fechada e complicada, e isso não é segredo, sou a pessoa mais chata e insuportável quando eu quero ser, o que é simples para qualquer um, pode ser uma verdadeira conta problemática de matemática para mim. Se eu pudesse dar um conselho a terceiros, eu diria: Se afastem, não gosto de proximidades, emoções, sentimentos, eu funciono melhor nos meus rabiscos, talvez porque eu possa contralá-los, ou então porque gosto de brincar, sou uma verdadeira brincalhona inconstante, quero em um dia e rejeito no outro, e volto a querer quando eu bem quiser, não sei seguir aquela linha fixa e certa, mas nem sempre foi assim...

Existiu uma época em que eu me permitia bastante, na verdade foram épocas, eu tenho plurais em minha vida, e aprendi a respeitar o passado e todos os seus acontecimentos, embora eu faça parte daquele grupo que olha pro passado e diz: Já gostei daquilo? ora, não tenho medo de admitir que paixões antigas jamais seriam paixões recentes novamente, meus gostos pessoais mudam bastante. Mas, em algum lugar e tempo diferente, eu já fui mais constante e certa do que eu queria, em resumo, já fui certinha demais, na teoria é uma qualidade excelente, mas na prática, é um tiro no pé, afinal, vamos sempre optar pelo errado, ou no mínimo por algo que atice nossa curiosidade, e isso não está ligado a ser certa e ter mil qualidades, na verdade não tem receita pronta.

Não sou errada nos dias de hoje, se é que esperavam esse confesso da minha parte, só me tornei realista e muito exigente com quem coloco ao meu lado, quando me envolvo sou a pessoa mais séria e focada que existir, mas aprendi que preciso de um território forte e fixo para isso, não adianta você querer algo que tem a sua capacidade comprometida, afinal, no primeiro vento aquilo vai cair. Eu sou forte e decidida, e não me vejo ao lado de um perfil diferente a esse. Algumas pessoas não entendem o meu pensamento, me falaram algumas vezes que eu espero uma pessoa perfeita, que sou exigente demais, não tenho receio de admitir, talvez eu tenha esse pensamento surreal mesmo.

Sou muito egoísta, e dessa característica eu não abro mão, eu posso ser a pior pessoa do mundo, mas sempre vou querer a melhor, mas isso é só uma parte, eis aqui a metade do que sou, essa mistura de problemas, confusões, racionalidade e egoísmo. E ai vocês podem me perguntar: E a outra metade? diferente do óbvio, a outra parte é algo íntimo e secreto, sem exposições ou definições, sou pior que o quebra-cabeças mais complicado que existir.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Uma noite de carnaval...


É bem verdade que há tempos tenho andado lado a lado com a tranquilidade, acho que com o passar do tempo eu fui me aprimorando e evoluindo, encontro-me em um estágio que sempre quis estar, nada me falta, e não são muitas coisas que eu quero. E numa noite de carnaval eu percebi que o tempo passa e que posso ser surpreendida independente de quantas certezas eu carregue.

Não sou muito adepta a misturar o antes e o depois, acho que são combinações opostas e assustadoras, o meu antes me deixa pensativa, vejo que algumas coisas minhas ficaram perdidas pelo caminho, e tenho medo de conseguir encontrá-las novamente, uma grande parte de mim prefere ficar por fora de todo e qualquer relacionamento, e numa noite de carnaval eu percebi que relacionamento nem sempre é um relacionamento.

Sim, as vezes você se envolve e não se envolve, eu explico ... algumas vezes os rótulos são desnecessários, acredito que o que nos prende é totalmente invisível aos olhos, e pra ser bem sincera, o meu antes se prendia, lembro até hoje o gosto amargo de frustrações e pensamentos não concretizados, e desde então, a meta que carrego em mim é não depender daquilo que não posso ter controle, e numa noite de carnaval eu percebi que o autocontrole é mesmo fundamental.

Eu não posso voltar no tempo e reconstruir toda a imagem e certezas que um dia eu já tive, vivo atualmente em um mundo muito meu, ainda que eu me importe e veja que eu não sou tão individualista assim, existem coisas que me fazem querer ficar ali, apenas observando, coisas que não são minhas, mas que me conquistam e me fascinam, ainda que isso esteja longe de ser autocontrole, encantamento é o primeiro passo para coisas que dificilmente conseguem ser controladas depois, e numa noite de carnaval eu percebi que talvez eu não seja de ferro.

Ah, ser de ferro, e quem não quer ser? pensar na ideia de ser " impossível " não me assusta, eu não sou fácil, engana-se quem pensa que um beijo ou palavras minhas significam alguma coisa, eu engano muito bem, aprendi com o tempo, e sinceramente posso até dar aula sobre isso, tem um lado meu que não se importa com ninguém, porém, um pedaço, por mínimo que seja, consegue escapar de tanta ruindade e proteção, um pedaço meu tem vida própria, e sai por ai, acredito que ele tem um destino quase que certo, ele sabe pra onde vai, embora eu não concorde com isso, e numa noite de carnaval eu percebi que talvez eu ainda tenha a capacidade de gostar.

É, de fato a tal noite de carnaval é diferente para todo mundo ... confesso que não sou conservadora, se eu quisesse estaria ai jogada em mil beijos e abraços diferentes, acredito que tenho tendência a obter o que eu quero no momento, mas o conforto do meu quarto e dos meus pensamentos me parecem tão mais confortáveis agora, o que pesa mesmo é o que eu sinto, algo que por vezes é invisível, e quando aparece me deixa assim ... totalmente pensativa. E numa noite de carnaval, eu sugiro a todos, inclusive a mim, que coloquem ou retirem algumas máscaras, nem que seja pra sentir o perigo apenas por um minuto, pois por mais tempo torna-se perigoso, arrisque-se quem quiser.