quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

500 dias com ela


Dizem que todos nós alguma vez podemos nos identificar com algum filme, não é mesmo? eu tenho alguns em minha lista, já falei de alguns no blog, e hoje lembrei de um que não poderia passar em branco que é o " 500 days of summer", e o mais engraçado é que, por incrível que pareça, já fui igualzinha aos dois personagens principais, o Tom e a Summer, e acho que se você assistir o filme irá perceber que em determinado momento você também foi um dos dois ou os dois, afinal, nem todo final feliz pode gerar aprendizagem.

Mas começando, e buscando informações antigas da memória, comecei sendo o Tom (claro, quem nunca se ferrou em relacionamentos tendo os seus míseros 18/19 anos?), nessa época tudo é muito intenso, sentimentos confusos e pensamos que o amor é um sentimento que vem fácil e que será para sempre, assim foi minha fase sendo tom.

Em meados de 2009, a fase Tom me aconteceu, não gosto muito de lembrar disso porque me sinto uma otária, o que me conforta é saber que quase todos metem mesmo os pés pelas mãos quando se tem os primeiros relacionamentos, eu tinha 19 e pensei na minha cabeça que tinha conhecido o amor da minha vida, naquela época eu era uma romântica sonhadora, pensei inclusive que daria certo amores a distância, me apeguei a alguém em 2 meses e quando acabou, nossa... pensei que iria morrer, algo faltava em minha vida, pensei que era ela, mas não era, era meu amor próprio.

Quando eu fui o Tom, vivi uma das piores fases da minha vida, era romântica e pensei estar fazendo tudo para dar certo, lembro que comecei a namorar rapidamente, e a terminar rapidamente, me humilhava, pedia sempre para voltar, enfim... quem passou por coisas assim sabe como é constrangedor até relembrar, e aí, em meio a esse sofrimento que eu coloquei na minha cabeça, surgiu minha fase Summer.

Minha fase Summer começou após 2 anos sofrendo e remoendo um amor que eu mesma acreditei que poderia existir por outra pessoa, cheguei ao fundo do poço e dele comecei a me levantar, em meados de 2011 eu decidi dar um rumo em minha vida, comecei a enxergar que o mundo é muito maior que tudo, inclusive maior que qualquer sofrimento, me afastei da internet, de amizades falsas e é claro, me afastei dos amores falsos que me confundiam, dali por diante só cresci, em todos os sentidos, comecei a estudar e entrei na maior faculdade de Direito do Estado, comecei a me arrumar mais, a ser vaidosa e menos moleca, comecei a de fato a levar a sério.

Assim como a Summer fiquei convicta de que amores não existiam e que o importante era não se envolver, e foi isso que fiz, posso dizer que dali por diante aproveitei de fato a vida, conheci várias mulheres e me diverti bastante, tive alguns relacionamentos sérios, mas com a mente de me colocar em primeiro lugar sempre, e foi assim que aconteceu, quando acabaram simplesmente segui em frente e foquei em outras coisas, sem traumas ou tristezas.

Na fase Summer aprendi a beijar sem sentir nada pela pessoa, apenas curtição, confesso que para uma pessoa que sempre foi romântica de início foi difícil, mas depois se transformou na coisa mais fácil do planeta, algumas pessoas foram magoadas nesse caminho, mas sei que assim como aprendi no passado, elas também aprenderam, e a vida é simplesmente assim.

E aí chego no ponto máximo do filme que faz parte da minha vida real, assim como o Tom e a Summer, eu também conheci alguém especial, casualmente numa conversa tudo surgiu, e ontem completamos 6 anos juntas, posso dizer que tive meu final feliz, independente de quantos personagens eu admire, minha vida se tornou melhor que qualquer filme e roteiro, se é amor da minha vida? o tempo vai dizer, mas eu quero que seja.



segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Mistério


Mistério... eis uma palavra que resume bem o meu passado, e me descreve um pouco no presente. Lembro que ouvi muitas vezes que eu era quieta e até de certa forma misteriosa, é engraçado e contraditório, como ser misteriosa se tenho um blog com tantas coisas? mas, existem coisas que ultrapassam as palavras, e essas coisas chamamos de momentos.

Os momentos e o mistério, existem coisas que vivemos e só nós sabemos, lembramos o mistério e os sabores dos primeiros beijos, dos primeiros namorados(as), viagens e tantas outras coisas que podemos viver. Mas qual a graça se não existisse o mistério? o bom mesmo é não sabermos de tudo e não mostrarmos tudo, entendam, por mais que eu tente, eu não sou 100% do que eu digo, existem coisas que só competem a mim entender.

O mistério está em não revelar todas as verdades, é um desafio do dia a dia, são os pensamentos que por mais que se pense, ninguém compra ou se revela, a gente vê o superficial um do outro, e sabem porque? porque todos nós temos os nossos mistérios.

Ninguém sabe ao certo minha música favorita, ou meu lugar favorito, ninguém sabe dos meus arrependimentos e também das minhas certezas, eu sou feita de palavras, e muitas eu escrevo, mas as vezes sou um mistério até para mim, sem senha possível de abrir.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

10 anos de BLOG


Como o tempo passa rápido,e ao mesmo tempo devagar, geralmente os momentos de tristeza costumam ser mais longos, e os de alegria (ainda que durem) passam a sensação oposta.

Eu comecei a escrever em 2009, na época não fazia ideia de que conseguiria expressar tantas coisas como fiz, não sabia a que ponto chegaria, existem coisas e passagens pelas quais me arrependo extremamente, mas como não posso mudar o passado, deixo ele lá quieto, como se nunca tivesse existido.

Eu tinha 19 anos quando criei o blog, é engraçado porque posso reler coisas antigas e rir de mim mesma, tem coisa melhor do que saber que passagens ruins tornaram-se risos? acredito que não, ganhei amigos, perdi amigos, vivi alguns amores passageiros, alguns me arrependo, outros me pergunto o que diabos eu tinha na cabeça, e alguns, de fato, foram marcantes.

Nesses 10 anos de blog dividi com vocês as experiências que vivi, falei de tudo, até de sexo, e por incrível que pareça são as postagens mais visualizadas, entre homens e mulheres, inclusive, ressalto, que nunca nenhum homem leitor do blog me desrespeitou e isso é algo gratificante, sinto que estou rodeada de leitores maravilhosos que se identificam comigo, ou que tem curiosidade de algo e tentam descobrir aqui.

Comecei uma menina e hoje sou uma mulher, tenho quase 30 anos, mas de vez em quando ainda escrevo sobre algumas coisas, minha cabeça aos 19 anos era totalmente diferente, eu diria que eu era uma pessoa muito fraca (em todos os aspectos), não que hoje eu seja de ferro, mas sei mais coisas e vivo minha vida assim, sem saber o que me espera, mas preparada pro que vier.

Obrigada a todos(as) que já leram e que vão continuar lendo, nos encontramos nas próximas postagens.