domingo, 22 de novembro de 2015

Minhas interrogações


Acredito que todos nós temos os nossos pontos de interrogações, por pelo menos uma vez na vida esse momento chega. Tenho que admitir que ter dúvidas nunca foi ou é a minha meta, mas quando a gente vive, a gente percebe que esses caminhos são incertos e que no fundo, no fundo mesmo, não sabemos de nada.

Hoje convivo com um milhão de interrogações, até mesmo aquelas que me contradizem no que eu sou ou deixo de ser, no que eu quero ou deixo de querer, penso nas minhas interrogações da hora que eu acordo até a hora que eu durmo, desejando o impossível: Meus dias tranquilos de volta, mas é o mundo real que chama e que deve prevalecer.

E o mundo real é de fato uma grande interrogação, quando abrimos os olhos pro que é e que pro que parece ser, as coisas, no meu ponto de vista, chega assustam, é assustador perceber a maldade, a mentira e o pior, a minha enorme capacidade de entrar em situações sem perceber a malícia, hoje em dias as amizades não são sinceras, e nem o amor também, é necessário abrir o olho.

E a minha primeira interrogação a ser analisada e colocada em prática é a de ser maliciosa, só quem tem malícia consegue ter um maior controle sobre tudo, afinal: Todos nós somos interrogações, sem exceção a regra.

domingo, 15 de novembro de 2015

Sofro por ódio


ódio
substantivo masculino
  1. 1.
    aversão intensa ger. motivada por medo, raiva ou injúria sofrida; odiosidade.
  2. 2.
    p.met. a pessoa ou a coisa odiada.


É comum observarmos de maneira errada o uso da frase "sofro por amor", na verdade ninguém sofre por sentimentos bons e nem lembranças, o nome para isso é saudade e não sofrimento, o sofrimento que fica mesmo cravado é o do ódio, ou de no mínimo alguma mágoa.

Estranhamente não estou apontando uma ou duas pessoas, as minhas piores críticas são todas voltadas para mim, afinal nunca vi uma pessoa tão teimosa como eu mesma, me considero bastante intuitiva, porém mesmo sendo assim me permito cair em armadilhas sem ter aprendido nada com tudo que já vi antes na vida.

Dizem que nunca é tarde para mudanças ou para buscar coisas diferentes, e pela primeira vez espero que realmente não seja, quero usar o meu ódio como armadura e minha intuição para afastamentos, pois cheguei a conclusão que ninguém consegue ser interessante aos meus olhos, o que eu procuro talvez eu nunca ache.

Aprendi que mesmo que as coisas não funcionem como planejamos é importante um plano B, C, D... escolhas diferentes, se tudo me parece tão desinteressante agora, mudarei o que está no meu alcance e sob meu controle: Eu mesma.

sábado, 14 de novembro de 2015

A despedida


Estava aqui pensando em todas as despedidas que já tive que passar, umas mais leves, outras mais pesadas, mas nenhuma tão surreal quanto agora. Como me despedir do que nunca existiu?

É estranho ter essa coisa louca de imaginar as pessoas, as situações, e o pior de tudo é perceber que eu vivi a minha fantasia de corpo e alma, hoje, nesse momento, sofro um pouco para restaurar ambos. A despedida por vezes torna-se necessárias, há quem se acostume e não se incomode com a fantasia criada, há quem queira sair do sonho para ir direto para a realidade, assim sou eu.

A despedida é um processo interno, fazer com que a mente e o corpo obedeçam ao processo, é enxergar as coisas ruins e aprender com elas, sem lamentações ou brigas, como eu disse anteriormente no blog, quero o silêncio, especialmente o meu.

A despedida do ser, do ter, do que achava ter e das fantasias, solte-se do mundo perfeito, a realidade a longo prazo terá suas vantagens, nossa vida nua e crua poderá ser mais interessante que o clichê inventado por ai.

Silêncio


Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela."
Albert Einstein

- Sábado, 01:33 da manhã, depois de uns pequenos copos percebo que na verdade não tive um dia dos melhores, na verdade, não ando tendo dias bons de 1 ano para cá, o que é muito assim numericamente dizendo, e pior ainda sentindo, desaprendi a sentir essas coisas, e sempre que me sentia 100% bem, não passava de uma falsa ilusão, seja por alguma coisa oculta, ou seja por algum acontecimento que posteriormente surgiu.- Sinto que os meus laços afetivos se cortam cada vez mais, deixei de confiar definitivamente nas pessoas e em suas boas intenções,todos nós podemos ter a capacidade de apunhalar os outros pelas costas (até eu), desapeguei dos meus pais, dos relacionamentos, e ainda, por fim, não tenho mais a minha bolinha de pelos, o único amor sincero que já recebi e ofereci também, sem receios.- Ao analisar essa falta de laços e levando em conta meu lado impulsivo, posso, por vezes, cometer burradas, falar besteiras, beber rápido a ponto de ficar tonta e nem aproveitar nada, é porque na ânsia de nunca ter recebido carinhos sinceros, posso tentar desviar dessa amarga verdade, ainda que inconscientemente.- Indo mais profundo e me analisando friamente, mesmo que por algum efeito de algo, minha impulsividade ou até eu mesma, o certo é que meu ego no momento não é dos melhores, mas percebi que tenho nas minhas mãos o poder de ter atitudes diferentes, posso pela primeira vez na vida simplesmente me calar.- Seja bem vindo, silêncio!

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Mentir é viver no escuro


Mentir é viver no escuro, naquele escuro mais perturbador conhecido por consciência, acredito que todos nós temos consciência do que é certo e do que é errado, quando olho para trás percebo características que nunca sei mudar, nunca sei viver no escuro, por mais que eu conheça a escuridão alheia.

Dos traumas que carrego na vida o mais pesado é a perda da confiança nas pessoas, perdi minha fé em conhecer pessoas que vivam no claro, na luz das verdades, quando conheço pessoas novas que repetem os erros das antigas fico sempre com uma certa curiosidade de conhecer esse mundo mais escuro e viver nele, mas nunca aguento, minha cabeça sempre pesou mais que o meu corpo, e por isso estou aqui.

Estou numa posição conhecida minha, a posição do isolamento interno, a posição de enxergar que não há luz alguma nas pessoas, todos preferem a escuridão das coisas erradas e das mentiras, eu não, por isso estou sozinha, e prefiro ser assim.

Só eu me conheço o suficiente para entender e enxergar que o meu limite esgotou, porém não a ponto de mudar quem eu sou, continuarei sendo eu mesma, mas no meu mundo de verdades, quem for de mentira não entrará mais.