quarta-feira, 30 de março de 2011

Flutuando em palavras

Coração, beijos, conversas intermináveis, brilho nos olhos, alegria, pura e inocente Alegria.

De repente, são beijos tão sonhados, saudades que transformam os dias, em dias mais longos do que são. Sonhos, sonhos que se sonham juntos, e de tão sonhados, tornam-se realidade, doce realidade dos reencontros. Reencontros cheio de paixão, arrepio, Aquele arrepio que antes do fim, te deixa sem ar. A Falta de ar, diante de beijos intermináveis e de saudades sem definições.

Conversas se misturam com risos, risos sem sentido. Pensamentos que voam, que levam para um mundo mais bonito, colorido, talvez. Cores pintadas em cada pedaço do corpo, o arco-iris fica em cada olhar trocado, olhares amantes, íntimos, olhares que dizem mais que mil palavras. Palavras que são escritas tão facilmente que mais parecem um sonho. Um sonho que transforma tudo aquilo que antes era chato, em uma espécie de nave espacial, nave que te leva para qualquer lugar, tira seus pés do chão, e de repente, você percebe .. é amor!



Mereço um desconto, não sou muito boa em versos, poesias e pensamentos com sentido. Mas, tentei ..

Sozinha!

Da solidão, virei companhia fixa, estamos intimamente ligadas.

Na verdade, de uns mêses para cá tenho me sentido extremamente sozinha, As vezes a sensação de não ter com quem compartilhar os pensamentos, alegrias e tristezas, me derrubam um pouco, mas logo volto a achar tudo absolutamente normal, e assim vou ignorando o fato de ter um coração e expectativas.

Tudo na nossa vida é reflexo de nossas escolhas, eu já fui tão feliz e não dei o valor devido a essa felicidade, e hoje estou aqui, cercada de paredes, de coleguismos, de companhias que sempre esperam algo de mim, sem nunca me oferecerem aquilo que espero, ou que já tive.

A Solidão me abraça todas as noites, principalmente naquelas que são especiais para outras pessoas, na minha memória ficam as datas, que aos poucos começam a serem esquecidas. As lembranças que antes chegavam com facilidade, hoje aparecem uma vez ou outra quando me deparo com alguma foto ou situação que me fazem lembrar.

Não tenho memória, não tenho esperança, jogaram limão em minha vida, e tudo que consigo enxergar e sentir, é o sabor azedo da realidade ... sozinha!

terça-feira, 29 de março de 2011

Paciência Zero

Olhem, eu só digo uma coisa, se eu fosse feita para dar conselhos, eu tentaria ser psicóloga, e não Delegada.

As pessoas me pedem opiniões, mas ao mesmo tempo eu sei que elas apenas esperam ouvir aquilo que querem, sempre que tento ser altamente realista, eu ouço " Poxa, quanta indiferença ", mas a realidade é que não é bem assim, os problemas devem sem resolvidos, primeiramente com a razão, coloque um pingo de sentimento que seja e vai ver que apenas vai ficar acumulando as coisas.

Quero, em definitivo, deixar para trás a imagem de boa moça, ou de conselheira sentimental, conselhos não é comigo, e quem me procura, hoje sabe que não digo aquilo que esperam ouvir. Basicamente é isso, eu não te procuro, você não me procura, e ótimo.

domingo, 27 de março de 2011

Olhares

Olhares, quantas coisas enxergaram, e quantas coisas ainda estão para serem vistas .. , Alguns olhares são marcantes, eu diria que expressivos, Afinal, quem nunca viu aquela pessoa desconhecida com olhar marcante? e não importa, sejam conhecidos, desconhecidos, o olhar é um ponto forte.

O Olhar está aqui muito antes da máquina fotográfica ser lançada, é com o olhar que tiramos as mais belas fotos, é onde enxergamos o mundo, as vezes com esperança, e tantas outras vezes com medo, insegurança .. Posso dizer que o olhar é a forma mais segura e confiável de se conhecer alguém.

Os meus olhos, já enxergaram tantas coisas, algumas eu não queria ter visto, outras foram tão felizes que depois de olhá-las, meu sorriso se abriu .. e não importa em que época eu esteja, e com qualquer situação .. quer me conhecer? me olhe com os olhos.

sábado, 26 de março de 2011

Dia estranho

Acordei 7 horas da manhã, tomei café, e assim, do nada, resolvi ir a locadora de filmes mais próxima a minha casa, e assim fui, por volta das 8 horas da manhã, escolhi 5 filmes, 1 foi escolhido por acaso, meus olhos bateram no filme, e apesar de ter assistido 2 vezes antes, eu peguei novamente.

Ao chegar em casa, em vez de assistir um dos 4 filmes que até então eu não tinha assistido ainda, optei por aquele que já era repetido, ao olhar a capa do filme, eu dei um sorriso, não sei bem o que esse sorriso quis dizer, se era de saudade, felicidade, tristeza .. eu de fato ainda não entendi isso, mas me deitei e fui assisti-lo.

O Mais engraçado ou bizarro dessa história toda é que, na primeira vez que assisti a esse filme, eu dei muitas risadas, apesar de ser romântico, eu encarei a tristeza da personagem como um drama cheio de breguices, o tempo passou, e a mesma pessoa que antes achou isso tudo uma bobagem, chorou diante desse filme, entendeu a verdadeira mensagem que ele tinha a passar, e foi assim, nessa sexta feira estranha, acordei cedo, fui a locadora, assisti o filme e chorei, chorei em quase todas as passagens que nele tinha.

Nele pude compreender melhor, o amor, a solidão, o significado de estar só, de querer estar com alguém, mas não ser algo possivel, entendi os vários momentos de adaptações, onde as pessoas próximas fazem de tudo para se fazerem presente afim de diminuir toda angustia, mas o principal de tudo é que aprendi que, mesmo sozinha, devo seguir em frente, todos temos que seguir em frente.

Aprendi também que erramos ao achar que temos saudade dos momentos vividos e lugares, isso tudo é uma espécie de covardia para esconder o que de fato nos intriga e nos pertuba, hoje eu sei que o que me incomoda não são os lugares, pois na maioria deles, posso ir com outras pessoas, também não são os momentos, momentos podem ser repetidos, vejam bem .. você pode querer repetir tudo que fez a um determinado tempo .. Então, assim enxerguei que o que verdadeiramente acontece é que não sinto falta dos momentos, dos lugares, eu sinto falta de você, do seu sorriso, da maneira que você costumava ser, do jeito que você me olhava, da maneira que você ficava rindo, das vezes em que antes de dormir você me abraçava, mesmo que nada fosse dito, e principalmente, sinto falta da pessoa que eu costumava ser, enquanto ainda estava ao seu lado .. Sinto que além de ter perdido você, eu também me perdi, não me encontrei durante esse tempo todo, posso dizer que a pessoa que você conheceu, da maneira que você conheceu, nenhuma outra pessoa vai conhecer dessa forma.

Eu sei, são palavras dramáticas, e escritas para alguém que provavelmente não vai ler, inclusive, até eu mesma não irei ler o que foi escrito, e mesmo sem ler, tenho certeza que amanhã vou querer apagar isso tudo, então não sei quanto tempo a postagem ficará aqui.


"  - No início você não me parecia real, Eu nunca tinha visto tantas cores numa garota. Mas você combinava com aquele lugar. "


" - A Vida havia mudado, Não é de mim que eu me preocupo que você não se lembre. Mas não esqueça da garota espontânea que você era. "


P.s


I Love you!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Onde está o erro?

1,2,3 .... 3 vezes, o mesmo erro, mesmo que com uma passagem de tempo de poucos anos entre eles, mas que mesmo assim, continua sendo um erro.

Eu sou uma pessoa que não admito mais erros, um erro aqui e outro lá, é normal quando somos jovens, adolescentes que não sabem o que querem da vida, mas quando crescemos, é incompreensível esses erros bobos, erros que nos tornam pessoas covardes e incapazes.

Eu encaro meu novo e velho erro, de maneira sarcástica, as vezes, mas só eu sei o quanto foi duro essa nova queda, acho que mais uma vez eu não estava preparada para cair, dei meus passos, tive medo de olhar para trás, mas também fui cautelosa a andar para frente, então parei e fui derrubada.

Me sinto em estado de coma, assim, sem exagero, meu coma é por dentro, não consigo sentir nada, se em outra época eu me mataria de raiva, hoje, eu não sinto nada, a única coisa que sei é que não vou errar novamente, não vou deixar que esse espírito de adolescente apaixonada volte para mim, nem por um misero segundo. Estou forte, com uma força de vencer na vida, de estar num bom emprego daqui a alguns anos e de sempre ser independente, pq na vida, o que importa não é os estragos que as pessoas fazem em você, e sim a maneira que você vive diante disso, e eu decidi que minha maneira é essa, crescimento pessoal e financeiro.

E o erro? Enxergo muitos, mas não adianta colocar tantos lamentos em um blog, e na verdade, é a última vez que falo do passado, seja o mais recente, ou aquele antigo que se esconde debaixo da minha cama, e que em noites de pesadelos ainda me assombra .. Então tudo já passou, e prazer, sou Patricia Gois!

quarta-feira, 23 de março de 2011

...

...Não é isso que todo mundo acha super divertido? Beber e fumar, e beber, e fazer sexo sem amor, e beber e fumar e dançar e chegar tarde e envelhecer e não sentir nada? Sabe Zé, no começo doeu não sentir nada. Mas eu consegui. Eu não sinto nada. Nada.... Uns vem, uns vão. As garrafas tão lá, ao lado do lixo. As cinzas saem dançando por aí. As minhas vão junto. No dia seguinte eu acordo, tomo um banho, passo protetor solar, sento na minha varanda com o meu jornalzinho e ó: nada. Nadinha. Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa.


- Tati Bernardi

domingo, 20 de março de 2011

Aprendendo a Desaprender

Por Martha Medeiros

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Passamos a vida inteira ouvindo os sábios conselhos dos outros. Tens que aprender a ser mais flexível, tens que aprender a ser menos dramática, tens que aprender a ser mais discreta, tens que aprender... praticamente tudo.
Mesmo as coisas que a gente já sabe fazer, é preciso aprender a fazê-las melhor, mais rápido, mais vezes. Vida é constante aprendizado. A gente lê, a gente conversa, a gente faz terapia, a gente se puxa pra tirar nota dez no quesito "sabe-tudo". Pois é. E o que a gente faz com aquilo que a gente pensava que sabia?
As crianças têm facilidade para aprender porque estão com a cabeça virgem de informações, há muito espaço para ser preenchido, muitos dados a serem assimilados sem a necessidade de cruzá-los: tudo é bem-vindo na infância. Mas nós já temos arquivos demais no nosso winchester cerebral. Para aprender coisas novas, é preciso antes deletar arquivos antigos. E isso não se faz com o simples apertar de uma tecla. Antes de aprender, é preciso dominar a arte de desaprender.
Desaprender a ser tão sensível, para conseguir vencer mais facilmente as barreiras que encontramos no caminho. Desaprender a ser tão exigente consigo mesmo, para poder se divertir com os próprios erros. Desaprender a ser tão coerente, pois a vida é incoerente por natureza e a gente precisa saber lidar com o inusitado. Desaprender a esperar que os outros leiam nosso pensamento: em vez de acreditar em telepatia, é melhor acreditar no poder da nossa voz. Desaprender a autocomiseração: enquanto perdemos tempo tendo pena da gente mesmo, os demais seguiram em frente.
A solução é voltar ao marco zero. Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima.
Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar.

sábado, 19 de março de 2011

Verdade

Ainda que a verdade machuque, a mentira é muito pior, então vamos falar da mentira que virou verdade, ou da verdade escondida na mentira.

No dia do acontecido, optei por não falar sobre isso no blog, não naquele momento de raiva, onde as palavras são confusas e cortantes, Algumas horas depois e com um fone de ouvido e ouvindo umas músicas que eu gosto, estou aqui, escrevendo o que eu sinto ..

Tudo que tem a ver com traição, mexe muito com meu passado, com meus medos, e com a lembrança chata do meu primeiro relacionamento sério, que com quase toda certeza fui traída, desde esse relacionamento, não pude ser a mesma, eu sempre tinha medo, não de ser traída, mas sim de ser trocada, substituída. Acho que todos nós temos algum tipo de medo, o meu único medo é o abandono, isso de desprezar e trocar.

Há alguns dias atrás pensei muito em algumas coisas e já tive aquela certeza chata de que algumas coisas começavam a desgastar, fases diferentes talvez, eu quero tranquilidade, ela queria aproveitar a vida, eu tinha acabado de sair de uma fase onde bebidas e baladas eram o único lema, e como tudo na minha vida tem seu prazo de validade, mudei e não bebo, voltei a ser a pessoa caseira que sempre fui.

Uma coisa que aprendi nessa vida é não tentar mudar as pessoas, e sim aceitá-las, já tive tantos e tantos motivos para brigar, já vi tantas diferenças jogadas assim na minha cara, e tantas exigências em cima de mim, mas eu guardava minhas palavras, fingia estar tudo bem, tudo ótimo .. algo em mim tinha nascido, algo chamado indiferença, mas que eu inocentemente achei que era amadurecimento, e talvez tenha sido, não sei.

Quando descobri a traição, fiquei puta, acho que qualquer pessoa no mundo ficaria .. mas o que mais me irrita é a covardia, é o ato de fugir da responsabilidade " Ah e eu também estava muito bêbada ", olha, nessa vida, todos temos aquele dia que tomamos um porre daqueles, mas acredito que nem por isso a maioria vai sair andando pelado nas ruas e beijando qualquer um, a traição é mais ou menos assim, é se expor, e ainda envolver mais pessoas nesse jogo sujo.

Não tenho raiva do cara que ela ficou, de maneira alguma, primeiro pq ele nem sabia do relacionamento, foi um relacionamento as escuras, pelo menos com a maioria das pessoas e conhecidos. Na verdade, acho que não tenho raiva dela, se tem uma coisa que é passageira na minha vida, é justamente os relacionamentos, não gosto de me sentir presa por muito tempo, e na grande maioria vou ficando fria, me afasto e peço tempo, justamente para cair fora depois.

Depois da traição e da confissão, sim, pq ela confessou, tenho quase certeza que ela sabia que inocentemente ele comentaria comigo que ficou com ela, e ai poderia ser pior, mas então, depois de me trair, achou que tudo ficaria normal, tentou me beijar .. Ela não me conhece, tenho quase certeza que não. Eu posso não amar, e até mesmo não gostar da pessoa, mas se me traiu, eu jamais irei perdoar, com ela e com qualquer outra mulher que tenha passado na minha vida será assim.

Mas então, depois de chamadas perdidas, mensagens que ignorei e que vou continuar ignorando, estou me sentindo leve [ acho que chifre não pesa ], estou sim decepcionada, triste, afinal quando namoro, eu aposto minhas fichas naquilo, e sempre penso que a pessoa é especial, diferente ... mas no fim, é sempre igual, são todas iguais, e até eu mesma sou igual, tendo em vista que nunca aprendo, dessa vez demorei 2 anos para abrir meu coração novamente, mas aconteceu, eu errei.

Não vou usar o termo " Recomeçar " acho isso muito extenso e importante para ser usado por causa disso, também não vou dizer que irei mudar e muito menos que vou deletar meu blog e sumir, Dessa vez, eu nada farei, sou a mesma pessoa ... uma vez escrevi no blog as coisas boas que deixei em cada relacionamento e pessoa que amei, agora ressalto as coisas ruins que foram deixadas em mim, fui perdendo meus sentimentos verdadeiros e fortes aos poucos, passo a passo foi ficando a paixão, as cartas, os sonhos, a confiança, até que chegou enfim o momento de dizer .. hoje já não tenho nada que possa ser deixado ou dado, NADA.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Sacanagem pouca é bobagem!


Eu ia falar tanta, tanta, tanta coisa

mas encontrei uma imagem que sintetiza tudo, e ainda me poupa do trabalho de ter que desabafar.

Dificuldade

As coisas deveriam ser simples, o mundo deveria ser simples, porque vejam bem .. o que minha opção sexual pode interferir na sua? pensando dessa forma, eu não entendo o preconceito, não entendo o pq de olhos desconfiados, de amizades que se acabam ou que nem nascem por causa disso.

Nunca gostei de misturar as coisas, amizade é amizade, também não gosto da banalização, sabe essa moda de dar selinho em todo mundo? não gosto, não faço parte, mas não julgo quem faz.

Ultimamente tenho pensado nas dificuldades da vida, e isso é até irônico, tendo em vista que tudo está calmo, mas eu penso e sinto saudade da época que existia um vulcão dentro de mim, onde eu sonhava, onde eu me achava uma heroína simplesmente por não ter medo de lutar e ir até o inferno para estar junto das pessoas que eu gostava. Hoje eu sinto apenas uma calma, um olhar indiferente, uma sensação de que a vida agora parou, e que é aqui que devo ficar.

Penso no futuro, se vou ter filhos, se quero ter filhos, se quero dividir o mesmo espaço com outra pessoa, se vou morar em apartamento, casa ou fazenda .. olhando para o futuro, ainda tenho minhas incertezas, mas são incertezas pequenas, indiferentes, não sinto vontade de lutar ou fazer nada, simplesmente espero que tudo chegue.

Refletindo sobre minha vida, meus sentimentos, eu acredito que isso é o que chamamos de crescer, quando crescemos deixamos de ter sentimentos, de ouvir músicas, de chorar, de ter saudade .. Quando crescemos temos relacionamentos sérios, sem insegurança, ciúmes, romântismos exagerados .. Quando crescemos não sonhamos, vivemos a realidade .. a única coisa que falta para que eu realmente cresça de vez, é parar de olhar para o que já fui, o que já senti, e encarar que aquilo foi coisa de adolescente de 16 a 19 anos, e que hoje, hoje estou me tornando uma mulher.

quinta-feira, 17 de março de 2011

O Amor é


O amor é paciente, é bondoso; o amor não é invejoso, não é arrogante, não se ensoberbece, não é ambicioso, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda ressentimento pelo mal sofrido, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.


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Tinha colocado isso no Blog no Domingo, mas resolvi postar hoje, diante de uma grande dúvida .. como alguém pode falar sobre o amor, escrever sobre o amor, mas nunca senti-lo da maneira que deve ser? espero que um dia eu aprenda ..

quarta-feira, 16 de março de 2011

Martha Medeiros

Somos todos prisioneiros das nossas escolhas, por mais voluntárias que elas tenham sido. Não gosto de nada que é raso, de água pela canela. Ou eu mergulho até encontrar o reino submerso de Atlântida, ou fico à margem, espiando de fora. Não consigo gostar mais ou menos das pessoas, e não quero essa condescendência comigo também. Pareço transparente e azul, mas é tudo anilina, sou uma praia de cartão-postal. E o que desejo pra mim é uma vida sem sustos. Não estou dizendo uma vida sem decepções, frustrações ou êxtases: sem susto, apenas. Poder receber uma ventania de pé, mesmo que ela me desloque de onde eu estava. De pé, mesmo com medo. Não mais em posição fetal. Sinto saudades de quando eu era mais imprudente. Exponho minha vaidade. O que eu calo é que é verdade. Rendição é minha maior dificuldade. Eu me exijo desumanamente. As pessoas boas e generosas sabem como fazer um bom rocambole com a mentira e com a verdade, deixando tudo com o mesmo gosto. Eu não. Não gosto da vida em banho-maria, gosto de fogo, pimenta, alho, ervas. Não gosto que me peçam para ser boa, não me peçam nada. Sei ouvir o chamado silencioso da amizade verdadeira, do amor que não cobra. Eu poderia falar três horas sobre mim mesma e ainda assim seria um resumo.



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Nunca me identifiquei tanto com um texto, como este.

terça-feira, 15 de março de 2011

Medo de Amar

Por Martha Medeiros

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Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.

E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.

segunda-feira, 14 de março de 2011

5 anos

O Tempo passa rápido, se eu fechar os olhos me lembro tão perfeitamente do ano de 2006, e sinto saudade, não sinto falta das pessoas, sinto falta do que eu sentia, de tudo que eu vivia.

As primeiras sensações, o arrepio antes/durante/depois do beijo, os passeios no mar, as aventuras nas pousadas da vida, as risadas .. eu nunca mais senti isso novamente, não com a mesma inocência da primeira vez, naqueles dias em que me permitia planejar e acreditar que o futuro estava na palma das minhas mãos.

Tudo era diferente, até o meu olhar era diferente, era mais calmo, sereno, tanto é que ela sempre me dizia que meu ponto forte era a maneira que eu a olhava .. Minhas cartas eram escritas as pressas, como quem escreve algo proibido que ninguém pode ler, as dificuldades, proibições, cenas de filmes onde os personagens centrais não podem ficar juntos, mas que mesmo assim lutam, minha vida de Paulie Oster ..

Como é ruim não poder sentir coisas boas da mesma forma, é tudo diferente, e acredito que mudei radicalmente durante esses 5 anos que se passaram, hoje não consigo tirar os pés do chão e muito menos planejo alguma coisa, eu deixo acontecer .. e as sensações, nunca se repetem, e por não sentir isso novamente, me abalo .. queria sentir pelo menos mais uma vez na vida a sensação que senti quando obtive as primeiras sensações.

2006 foi um ano muito especial, em todos os setores, eu tinha muitos contatos, gostava mesmo das pessoas, me interessava por tudo que era dito, hoje em dia, na grande maioria das vezes até ignoro essas pessoas, as conversas não são as mesmas, e nem tenho muito contato com a primeira pessoa que amei .. Nisso surge meus questionamentos, será que com todo mundo é assim?

De olhos abertos ainda me enxergo naquela época, ah que sensação estranha .. , não quero rebaixar o que eu senti depois do ano de 2006, tive momentos bons também, hoje vivo coisas boas, mas é como se eu não fosse eu, é muito estranho falar sobre isso, tendo em vista que as pessoas interpretam da maneira que querem, mas acho que não é pecado sentir falta do que um dia fomos.

domingo, 13 de março de 2011

Deputado federal Jair Bolsonaro defende palmadas para que filho deixe de ser “gayzinho "


O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) perdeu uma oportunidade preciosa de ficar calado. Em entrevista ao programa “Participação Popular” da TV Câmara ele afirmou: ”O filho começa a ficar assim meio gayzinho, leva um coro, ele muda o comportamento dele. Olha, eu vejo muita gente por aí dizendo: ainda bem que eu levei umas palmadas, meu pai me ensinou a ser homem.”

As palavras de intolerância, preconceito, discriminação e incitação à violência foram ditas durante um debate sobre a Lei da Palmada, que está em discussão no Congresso Nacional cujo objetivo é proibir que pais batam nos filhos. Em uma semana em que três capitais – São Paulo, Rio e agora Brasília – tiveram casos de agressões homofóbicas de repercussão nacional é, realmente, um tipo de coisa que não precisamos ouvir. As informações são do site Vermelho.


É um absurdo que uma pessoa como essa, seja um representante do povo, é a prova viva de que um voto errado faz toda diferença.

Sentir-se amado

Por Martha Medeiros

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O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.

Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.

Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?

Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".

Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.

Eu Te Amo = Banalizou

Até o fato de dizer que banalizou, já tornou-se também algo banalizado.

Eu gostaria de entender um pouco mais desse mundo superficial, entender talvez o que se passa na cabeça de quem fala que ama, como se fosse um bom dia, Oi .. te amo, beijos!

Eu desconfio de todo mundo, sinceramente, não é qualquer pessoa que ganha minha confiança, não sou muito de acreditar em palavras, e também não acredito em atitudes, acho que isso também é algo banalizado agora.

Hoje, sei que tive sorte, pois encontrei pelo menos 3 pessoas que não fizeram do amor, algo clichê, o que não significa que deu certo, apenas que foram pessoas verdadeiras. Eu sou superficial em algumas coisas e não nego, mas nunca em momento algum irei cometer esse tipo de erro, tipico de adolescente que não sabe o que quer, o ruim é a gente perceber que idade não significa nada, hoje em dia vejo pessoas com 20 a 30 anos, usando esse tal clichê de Te amo e só quero te comer.

O Amor verdadeiro é algo muito profundo, e tenho certeza que se ele é verdadeiro, o silêncio faz parte, não precisamos colocar uma faixa na nossa casa dizendo que amamos, a pessoa em questão, irá saber. Mas também é saudável demonstrá-lo, fazer alguma surpresinha, mandar flores, escrever alguma carta, ou no mínimo olhar verdadeiramente para a pessoa e dizer " Eu te amo ".

Aos que tornaram esse sentimento algo tão banalizado, eu sinto pena, de verdade .. Até porque deve ser difícil amar uma pessoa diferente toda semana, deve passar uma credibilidade e um sentimento de segurança incriveis, né?

E Desejo também, que pessoas maduras que reconhecem os sentimentos, amem .. É Difícil esse caminho, nada é fácil, mas quando queremos algo, vale a pena esperar, tudo tem seu tempo certo para acontecer.

sábado, 12 de março de 2011

Miss Imperfeita


Por Martha Medeiros

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Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.