domingo, 7 de julho de 2013

Não sou a pessoa certa.


E hoje cheguei a uma conclusão que há tempos estava quase que na minha cara: Não sou a pessoa certa, e quando digo isso, me refiro de maneira geral, não sou a pessoa certa para ninguém há tempos. Vivo quase sempre de maneira inconstante, incerta, vivo indo e vindo, voltando quando quero, indo quando quero também, difícil mesmo é ficar parada.

Não sou a pessoa errada também, não necessariamente a pessoa que não é certa será errada, eu sou apenas uma pessoa livre, daquelas que se prendem, literalmente, a liberdade. O fato é que há 2 anos não sei me relacionar de maneira mais completa, na verdade esse processo acontece comigo desde 2009 ou 2010, 2011 foi apenas meu ponto inicial de mudança, quando você adquire certas experiências, dificilmente repete atitudes antigas.

Hoje foi um dia atípico em minha vida, eu que sempre fui adepta a não abrir mão de nada, afinal, não sei perder, pela primeira vez ouvi pedidos para que eu não fosse embora, admito, foi estranho, e ao mesmo tempo obtive uma sensação estranha de que finalmente tinha conseguido a minha meta, finalmente me tornei um pouco fria e com muito autocontrole, sendo bem direta todos nós sabemos que um dia tudo acaba, tudo tem um certo prazo.

De maneira sincera e direta, quero e preciso me curtir mais, troquei muito as fases da minha vida, e não quero perder a oportunidade de experimentar diversas coisas ao mesmo tempo, não quero limitações e muito menos certezas, aprendi a conviver em um mundo em que eu não sei de nada, e talvez eu goste disso, me motivo com desafios, com coisas subentendidas, eu sou subentendida diversas vezes, senão eu seria um dicionário.

Acho que todos nós temos um lado de não sermos certinhos, alguns modificam coisas do lado profissional, a famosa puxada de tapete, alguns furam o olho daquele melhor amigo, e outras pessoas simplesmente não pensam em mundo a dois, me espanto quando as pessoas se surpreendem com o estado civil de outras, e desde quando independência não pode trazer felicidade? a lição maior que aprendi na vida é que posso me satisfazer completamente, obviamente que não sou um bicho do mato, gosto de companhias, mas não gosto de algo fixo, de expectativas, antes eu achava que ter expectativas com relação a outra pessoa era muito ruim, mas, com minhas experiências recentes, aprendi que o pior é quando a expectativa está em torno de mim, não sei lidar com questionamentos, certezas, os sentimentos me sufocam, e minha vontade de ser uma pessoa torta me domina, gosto de ser aquela que ninguém poderá ter completamente, ou no mínimo de não entender completamente.

Um dia, a sábia Clarice se definiu como um segredo guardado a 7 chaves, eu me guardo a no mínimo 8, meu lado inconstante é tão grande que certamente posso ser um segredo até para mim.

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