sábado, 15 de fevereiro de 2014

Nem sempre faço sentido...




Nem sempre faço sentido, eis a conclusão que chego em pleno sábado a noite. Ao analisar o meu histórico e momentos recentes, eu percebi que eu não faço sentido, me defino como um cálculo de matemática, simples ao ser visto, e complicado em sua resolução.

Nem sempre faço sentido, as vezes posso atiçar sua curiosidade por mim durante meses, sem entregar o jogo, outras vezes sou muito clara e objetiva, quando percebo que tudo faz sentido, eu mesma faço de tudo para mudar o sentido daquilo que faz sentido.

Nem sempre faço sentido, as vezes me divirto bebendo água, outras vezes as bebidas que tomo deixam o meu mundo rodando e as minhas ideias sem sentido, não fazer sentido é uma das definições mais importantes sobre mim, nem sempre todo mundo entende, nem sempre todo mundo fica.

Nem sempre faço sentido, sou cheia de manias estranhas, as vezes durmo sentada, de olhos abertos ou enquanto alguém fala, tenho uma mania de mexer no cabelo o tempo todo e de olhar fixamente para um lugar imaginário quando sinto alguma timidez ou por puro tédio, gosto do seguro e do inseguro, tudo assim, ao mesmo tempo.

Eu percebi e percebo ao logo do tempo, que as pessoas, no geral, gostam de equilíbrio externo, aparente, mesmo que por dentro tudo esteja bagunçado e gritando. Não sei em que perfil me encaixo ou quero me encaixar, as vezes sou o ser mais calmo e normal do mundo, em outras vezes surto, buscando ou querendo sentir o que um dia já senti, é como se nossos sentimentos mais intensos fossem como uma droga, sempre queremos senti-los em sua total intensidade novamente, nem sempre eu os busco, nem sempre eu os quero, mas as vezes eu penso.

Nem sempre faço sentido, troco as vezes de canal, mudo o filme, ou repito mil vezes tudo que já assisti, as vezes quero transformar minha vida em filme, viver de acordo com o que eu acho que sei, acho mais seguro e a segurança me protege de tudo, inclusive de mim, das minhas intensidades e insanidades que não mais são externas, não sei nem se sobram as internas, pois isso não faz o menor sentido mais.

Buscar o sentido no que não há sentido, eis um grande segredo, nunca farei tanto sentido assim, pois no dia que eu for absolutamente clara em tudo, é porque estou escondida em alguma parte que nem eu mesma sei, acho importante essa reserva interna e individual, pois somente eu mesma sei que não faço sentido algum.

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