sexta-feira, 3 de junho de 2011

Primeiros Casos e o Preconceito!

 


Depois que meu primeiro relacionamento terminou, como eu disse, seguimos caminhos diferentes, ela de imediato namorou e até morou junto com outra mulher. Enquanto isso, por um mês eu fiquei sozinha, um pouco triste sim, eu tinha a ilusão de que ficaríamos juntas para sempre. Mas essa ideia boba logo passou e ai sim comecei a viver de verdade, e explorar de vez esse mundo que eu tanto queria conhecer e que eu sabia que era meu.

Perdi minha inocência e timidez, e durante 2 anos, conheci umas 3 garotas, que moravam aqui perto mesmo, fiquei, mas não sentia nada por nenhuma, apenas atração. Em 2009, com 19 anos, me apaixonei de novo, relacionamento esse que foi o que mais me preparou e me moldou como pessoa, aprendi muita coisa, errei muito. Mas foi com esse relacionamento que eu aprendi que o amor, não é amor apenas por ser escrito, tem que ser demonstrado, e eu não demonstrei como deveria ser.Apesar que com ela eu fiz coisas totalmente diferentes do meu primeiro relacionamento, acho que na época tinhamos uma ligação forte sim, de dormir junto, se olhar, lembro que a gente ficava muito tempo se olhando nos olhos, era meu porto seguro, e foram tantas risadas, acho que foi divertido para nós duas. Lembro do dia que ela fez uma surpresa com uma lingerie e quase me matou. Apesar de não ter durado muito, eu sei que algo foi verdadeiro na época e vivido com intensidade. Mas enfim, novamente os caminhos seguiram diferentes, só que diferente da primeira, essa não ficou com outra mulher depois de mim, voltou a ficar com caras bem rapidamente, em menos de uma semana do fim do namoro, eu já recebi a notícia de que ela estava ficando com outro, e assim novamente a vida foi seguindo ...

O Segundo semestre de 2009 e todo o ano de 2010 foram baseados em não sentir nada, virei uma pessoa tão amargurada, mas não dramática, não pedia conselhos e nem ficava chorando por nada, muito pelo contrário, eu ia para alguma balada ou barzinho e me jogava, bebia todas, fiquei com muitas garotas, não sei dizer ao certo quantas eu conheci durante esse tempo, mas foram várias, algumas conhecidas, outras desconhecidas, algumas namoravam, algumas eram casadas, algumas eram heterossexuais, mas na minha cabeça eu já tinha namorado com uma em 2009, então eu meio que descontava um pouco dessa frustração em todas as outras, encarava como objeto, eu usava, enjoava e deixava.

Com relação a amizades, foi uma boa época, pois eu só tinha ao meu lado aquelas pessoas que realmente sabiam de mim, e eu confiava. Já não sofri preconceito assim tão diretamente como antes, até porque a minha postura tinha mudado também. Eu não ficava caladinha e quietinha para que não percebessem, eu agia naturalmente, e problema de quem se incomodava, eu não me considerava diferente, a partir do momento que eu enxerguei que era igual, apenas gostava do mesmo sexo que o meu, eu encarei o mundo com um olhar forte, corajoso.

O Preconceito já não estava vindo de pessoas de fora, e sim de dentro de casa, principalmente quando minha mãe bebia, ela ficava bêbada e começava a fazer xingamentos, eu nem sei fazer a conta de quantas vezes ela me disse que preferia que eu tivesse morrido no parto , eu nunca chorei na frente dela, sempre apanhava até a hora que ela decidisse parar ou que meu pai me defendesse.

No início de 2011, eu e minha mãe tivemos uma conversa, onde eu relatei com detalhes tudo que eu acabei passando na época da escola ... [ Continua ]

Um comentário:

  1. Eu adoro ler seus textos...você escreve muito bem amiga :)
    beijos

    Lua

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