sábado, 14 de novembro de 2015

A despedida


Estava aqui pensando em todas as despedidas que já tive que passar, umas mais leves, outras mais pesadas, mas nenhuma tão surreal quanto agora. Como me despedir do que nunca existiu?

É estranho ter essa coisa louca de imaginar as pessoas, as situações, e o pior de tudo é perceber que eu vivi a minha fantasia de corpo e alma, hoje, nesse momento, sofro um pouco para restaurar ambos. A despedida por vezes torna-se necessárias, há quem se acostume e não se incomode com a fantasia criada, há quem queira sair do sonho para ir direto para a realidade, assim sou eu.

A despedida é um processo interno, fazer com que a mente e o corpo obedeçam ao processo, é enxergar as coisas ruins e aprender com elas, sem lamentações ou brigas, como eu disse anteriormente no blog, quero o silêncio, especialmente o meu.

A despedida do ser, do ter, do que achava ter e das fantasias, solte-se do mundo perfeito, a realidade a longo prazo terá suas vantagens, nossa vida nua e crua poderá ser mais interessante que o clichê inventado por ai.

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