terça-feira, 18 de setembro de 2012

Restos não me interessam ...



Pensei que 2012 seria o ano em que eu menos me questionaria a respeito de relacionamentos, obviamente eu estava enganada. Tenho vivido experiências que, acima de tudo, me fazem aprender bastante, apesar de todas as passagens tediosas, tristes ou alegres.

As pessoas tem uma mania de resumirem relacionamento apenas entre namoro. Eu, penso de maneira diferente, vejo relacionamento como algo extenso, em todos os aspectos. Uma vez, um dos maiores poetas brasileiros disse: Raspas e restos me interessam, ora, porque temos essa mania de nos conformamos com pouco? o maior segredo da vida é o tal do amor próprio, sem dúvida alguma. Quando amamos a nós mesmos, somos mais confiantes, maduros e fortes.

Talvez a Cazuza faltasse um pouco desse amor próprio. Tem gente que é assim, se doa, se doa e se doa, e sem perceber, vai se secando, perdendo características incríveis apenas para agradar ou conquistar aquilo que não será conquistado. Vamos acordar minha gente, não é preciso ter desgastes, tristezas ou qualquer outra coisa .. se a pessoa gosta de você, ela estará ao seu lado, não adianta complicar ou buscar outras teorias, a verdade absoluta é esta.

Ultimamente eu não tenho muito a falar sobre relacionamentos, no sentido de ser um namoro. Considero-me solteira desde Setembro do ano passado, depois dali, me meti em diversos rolos, um troca troca, mas, com relação a de fato estar junto de alguém, eu realmente não tenho experiências recentes, e pra ser bem sincera, isso não me fez falta, muito pelo contrário. Lembro que quando eu namorava, eu era bem diferente, muito insegura e acima de tudo, eu não me amava. De 2011 pra cá, é evidente a minha mudança, fisicamente eu me cuido muito melhor, gosto do que vejo no espelho, a aparência física sofreu um " UP ", e a maturidade me trouxe liberdade. Tem coisas que se aprendem assim, estando só, não adianta se cercar de pessoas ou de namoros vazios, a experiência mais válida do ser humano é quando ele convive com si mesmo.

Tenho me sentido muito pensativa ultimamente. Sabem aquela sensação de que tudo, absolutamente tudo, tornou-se monótono? sei que não sou a única a me sentir assim, talvez a minha grande diferença esteja no fato de que eu sei quando devo agir, eu tenho minhas estratégias, planos e quem sabe até um pouco de mistério guardado em mim. O fato que me divide e me incomoda ultimamente é que, me sinto cansada, extremamente cansada de todas as relações que eu tenho em minha vida. Sinto que não sei construir nada que seja forte, enquanto alguns conseguem " cativar " outras pessoas, eu me sinto em um perfil totalmente oposto, ou seja, acho que em vez de cativar, eu aprendi a saber afastar, e o mérito é totalmente meu. Se encontro pessoas incríveis, eu não sei segurar e simplesmente tropeço, faço besteiras e absolutamente todas se afastam. Se encontro pessoas mais " fáceis ", eu acabo enjoando. Não sei viver nesse meio termo de amizades fracas, mas ao mesmo tempo, não sei cativar aquilo que poderia ser forte.

Restos não me interessam, essa é a verdade. Em alguns momentos eu me acostumo e consigo me adaptar. Se eu recebo restos, indiretamente eu me torno um resto também, algo descartável. Estou eliminando essas coisas da minha vida, é uma brincadeira que não tem mais sentido ou graça. Outro ponto importante que pude perceber em mim é que, nos últimos dias ou mêses, eu não sei ficar sozinha, no sentido de que não estou me permitindo a isso, pelo menos até agora, acabei ficando com muitas pessoas, e foram tantas mentiras ditas, tantos interesses falsos, nunca fiz por mal e muito menos por carência, não sou do tipo carente e frágil, se as vezes quero ter 100 garotas do meu lado, é por ego, e principalmente pelo lado sexual da coisa, sendo bem direta.

Não é fácil me desligar desse lado, gosto muito de jogar, mas, preciso fazer escolhas coerentes e melhores, e não apenas baseada em não ficar/estar sozinha. Se for pra eu ficar, se for pra curtir, que seja realmente com pessoas que eu me identifique, sinta uma puta de uma atração e simplesmente isso. Se for pra chamar de amigo(a), que sejam pessoas que eu realmente saiba que posso contar com elas, ultimamente tenho vários amigos no papel, mas na vida real, acabou virando outra experiência monótona e vazia.

Restos não me interessam, não enquanto eu me sinta assim inteira. Não nasci pra ser metade e não nasci pra querer pouco. E em meio a tantas voltas da vida, o mais importante é não cair. Sou forte, nunca caio, as vezes eu tropeço de leve, e é ai que enxergo as coisas muito melhores que antes. Restos não me interessam, sou indiferente quando devo ser, e até mesmo quando não devo. Não sinto culpa por nenhum erro que eu cometo, no dia que eu for perfeita e certinha, irei precisar urgentemente ser internada.

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