segunda-feira, 14 de março de 2011

5 anos

O Tempo passa rápido, se eu fechar os olhos me lembro tão perfeitamente do ano de 2006, e sinto saudade, não sinto falta das pessoas, sinto falta do que eu sentia, de tudo que eu vivia.

As primeiras sensações, o arrepio antes/durante/depois do beijo, os passeios no mar, as aventuras nas pousadas da vida, as risadas .. eu nunca mais senti isso novamente, não com a mesma inocência da primeira vez, naqueles dias em que me permitia planejar e acreditar que o futuro estava na palma das minhas mãos.

Tudo era diferente, até o meu olhar era diferente, era mais calmo, sereno, tanto é que ela sempre me dizia que meu ponto forte era a maneira que eu a olhava .. Minhas cartas eram escritas as pressas, como quem escreve algo proibido que ninguém pode ler, as dificuldades, proibições, cenas de filmes onde os personagens centrais não podem ficar juntos, mas que mesmo assim lutam, minha vida de Paulie Oster ..

Como é ruim não poder sentir coisas boas da mesma forma, é tudo diferente, e acredito que mudei radicalmente durante esses 5 anos que se passaram, hoje não consigo tirar os pés do chão e muito menos planejo alguma coisa, eu deixo acontecer .. e as sensações, nunca se repetem, e por não sentir isso novamente, me abalo .. queria sentir pelo menos mais uma vez na vida a sensação que senti quando obtive as primeiras sensações.

2006 foi um ano muito especial, em todos os setores, eu tinha muitos contatos, gostava mesmo das pessoas, me interessava por tudo que era dito, hoje em dia, na grande maioria das vezes até ignoro essas pessoas, as conversas não são as mesmas, e nem tenho muito contato com a primeira pessoa que amei .. Nisso surge meus questionamentos, será que com todo mundo é assim?

De olhos abertos ainda me enxergo naquela época, ah que sensação estranha .. , não quero rebaixar o que eu senti depois do ano de 2006, tive momentos bons também, hoje vivo coisas boas, mas é como se eu não fosse eu, é muito estranho falar sobre isso, tendo em vista que as pessoas interpretam da maneira que querem, mas acho que não é pecado sentir falta do que um dia fomos.

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