segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Flores Rejeitadas


Desde o dia que fui romântica , dei flores e falei sobre o amor , me tornei uma pessoa que colocava as expectativas em cima de outra pessoa . Quando minhas flores foram largadas num canto , tornei-me uma pessoa mais fria , e assim ao longo do tempo deixei de construir personagens.

Atualmente , mentalmente dizendo , e por vontade eu faria , gostaria de ter entregado flores , mas não , não o fiz , pelo menos em atos , mas se pudesse eu com certeza teria entregado as tais flores e novamente falaria sobre o amor , Durante alguns dias fui invadida por uma alegria qualquer de quem se apaixona por um sorriso ou fica rindo de coisas que quase ninguém acha graça , mas eu achava , pelo menos quando ela sorria . As flores que ficaram em minhas mãos foram murchando , ai só sobraram as expectativas , que novamente foram se acabando , dessa vez foi algo rápido , coisa de dias , ou de palavras que mudam tudo , e o amor que nunca falei , foi sufocado antes mesmo que eu pronunciasse uma única palavra.

Encontro-me novamente cansada , decepcionada e com flores mortas em minhas mãos . Totalmente frustrada por pensar que mesmo sendo impossivel acontecer algo , ela seria diferente das outras , o tempo passou e comecei a enxergar coisas que não queria , e esse cansaço , e essa dor de perceber que ainda não era ela , me deixam novamente entregue a solidão e a frieza desses dias sem sentido.

Só me resta colocar as expectativas no meu bolso , e jogar minhas flores no lixo , afinal estão mortas , sem cores e novamente sem ter alguém para entregá-las. Sinto medo dessa solidão , e se eu nunca me apaixonar , como será ? será que isso realmente faz falta em nossas vidas ? será que a razão maior dessa vida é encontrar alguém e dividir momentos ? No momento não sei responder nada disso , a única coisa que sei é que nesses 20 anos , quase 21 .. nada foi como imaginei , e hoje mais do que nunca , eu tenho medo de me apaixonar e abrir meu coração , tenho medo de entregar flores e elas ficarem abandonadas num canto qualquer de novo.

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