segunda-feira, 4 de abril de 2011

55 Anos e 6 mêses Juntas

Durante os 55 anos em que viveram juntas, criaram a primeira organização pública em defesa de lésbicas nos Estados Unidos, a Daughters of Bilitis, em 1995. Del Martin faleceu em 27 de agosto, dois dias antes de celebrarmos em terras brazucas o Dia Nacional da Visibilidade lésbica. Naquela ocasião, sua esposa disse que desde que se conheceram, “não poderia imaginar um dia em que ela não estaria mais ao meu lado”.




Nos EUA, 47 estados proíbem o casamento gay. Nas eleições presidenciais, os estados do Arizona, Arkansas e Califórnia agora se somam a este número. Muitos estados norte-americanos banem o casamento e qualquer outra forma jurídica de reconhecimento da união entre pessoas de mesmo sexo, como o Texas, por exemplo. Além da Califórnia, apenas o Massachusetts e, recentemente, o Connecticut legalizaram o casamento homossexual.

Antecipando a derrota nas urnas, dezenas de casais de gays e lésbicas decidiram se casar nesta terça-feira no prédio da prefeitura de San Francisco. O centro administrativo da cidade, que no dia anterior estava tomado por eleitores buscando votar antecipadamente, ontem parecia mais uma festa gay. No hall do prédio e no seu mezanino, era possível assistir a três ou quatro celebrações de casamento simultaneamente. Do lado de fora, o clima era de protesto. Dezenas de cartazes defendiam o voto contra a proibição do casamento gay na Califórnia, dando boas-vindas aos casais de homossexuais que chegavam e saíam a todo momento da prefeitura.

Na quarta-feira, grupos a favor do casamento entre pares homoafetivos foram ao Supremo pedir o bloqueio do veto, alegando que a Constituição do Estado não pode ser alterada se isso significar uma violação a outros direitos constitucionais. A advogada Gloria Allred, que conseguiu duas vitórias no Supremo, com a decisão da Justiça a favor do casamento de dois de seus clientes, disse nesta quarta-feira que voltará a apresentar um recurso contra a proibição à união entre homossexuais.

Ao menos Del Martin e Phillys Lyon puderam legitimar seus 55 anos de união. Quando perdeu a companheira, a ativista divulgou um comunicado à imprensa, falando da felicidade de ter desfrutado do direito constitucional recém conquistado, de celebrar seu casamento. “Tenho muita sorte de a ter conhecido, a amado, e de ter sido sua companheira para todas as coisas. Também nunca pude imaginar que haveria um dia em que poderíamos nos casar. Estou devastada, mas tenho algo de consolo sabendo que pudemos desfrutar da cerimônia definitiva do amor e do compromisso antes que ela falecesse”.


Essa História das duas me emocionou bastante, é a primeira vez que vejo fotos de um casal homossexual que ficaram juntas a tanto tempo. Me emociono também com a garra que as duas tiveram, Afinal, enfrentar qualquer preconceito ainda é difícil nos dias de hoje, imagine a 55 anos atrás. Vendo isso, Sinto de verdade no meu coração que algumas coisas ainda não estão tão perdidas assim, Em outro lugar do Planeta deve existir alguém que tenha a mesma coragem que eu. Quanto as duas guerreiras da foto, infelizmente uma faleceu, Mas com certeza morreu feliz por saber que teve uma companheira que jamais desistiu dela. Isto é a prova viva de que homofobia é perda de tempo, Tantos casais Héteros e infelizes, mulheres que apanham e sofrem caladas. Preocupem-se com isso, e não com o amor de duas pessoas que se amam. Deus não fez o homem para a mulher e a mulher para o homem, Deus fez as pessoas para amarem e unirem-se. Então se espantem com a violência, e aplaudam o amor verdadeiro, mesmo que ele seja entre dois homens ou duas mulheres

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