sábado, 9 de abril de 2011

Bulling - Wellington Menezes de Oliveira

Bulling, é de fato algo horrível, só quem passou por isso, sabe o que se sente.
Me identifiquei com o PASSADO de Wellington, no sentido de que eu era " Excluída ", é mais fácil as pessoas falarem " Aquela pessoa é estranha, vive sozinha " do que pensarem se realmente a pessoa quer ficar só, ou se é uma coisa imposta.

Há alguns dias atrás, relatei sobre a minha infância, e os preconceitos enfrentados, seja por parte de colegas de escola, e também das mães das colegas. Eu me sentia um lixo, voltava para a casa com uma sensação de que, Meu Deus, serei sempre sozinha, sem amigos.

Sempre fui incrivelmente sozinha, fechada, nunca tive uma festa de aniversário onde pudesse chamar muitos amigos, até porque nunca tive vários amigos assim para chamar. A Solidão, e principalmente o desprezo por parte da sociedade, é algo que machuca e mata, dia após dia. Tanto é que já sofri de uma depressão, que quase morri .. Mas dei a volta por cima, e encaro essas coisas ruins como parte do meu passado.

Mas vou confessar, naquela época, se eu pudesse, mataria sim todos aqueles que viviam zuando comigo, me chamando de Maria Homem, esquisita .. Mataria também as pessoas que de propósito se afastavam de mim, ou começavam a me olhar e rir de imediato. MAAAAAAAS, A gente cresce, amadurece, e entende que a vingança é algo ruim, sentir ódio, é pior ainda, Então bola para frente.

O Caso deste rapaz, muito chamou minha atenção, justamente pelo perfil parecido comigo [ Opa! Não sou assassina e nem vou entrar na minha antiga escola atirando ], eu me refiro basicamente ao comportamento, a se sentir isolado, excluido e humilhado .. Eu sei o que ele passou, eu me curei a tempo, voltei a vida, mesmo que com outros olhos, com olhos de quem sente uma armagura e que sabe que contos de fadas não existe, e que o preconceito, ainda está presente nos dias de hoje.

Sou infinitamente contra ao que este rapaz fez, matar crianças inocentes .. PQP! Ele precisava de uma ajuda, e porque ninguém ajudou? é simples, porque são um bando de bunda mole, pelo que percebi eram vizinhos fofoqueiros, daqueles que ficam na porta e só, não tem nada a acrescentar, é muito mais fácil você ignorar uma pessoa isolada, do que estender a mão ou simplesmente perguntar " Como você está? ", eu repito, sou contra a atitude tomada por ele, minha intenção é apenas expor que para tudo existe dois lados da história. É um final trágico, principalmente para as crianças que não tinham nada a ver, no meio de tantas, aposto que alguma também sofria bulling na escola, e espero que este assunto seja levado mais a sério .. O Excluído, rejeitado de hoje, pode ser o futuro psicopata de amanhã.

Pelo bem do nosso País, precisamos de uma sociedade menos hipócrita, pois é fácil todo mundo sentar a bundinha no sofá e apontar os defeitos dos outros, do que enxergar os próprios. Então mudem, todos somos diferentes, parem de procurar pessoas perfeitas, nunca rejeite aquele que você supostamente acha que é inferior a você.

Eu quero de verdade um mundo sem preconceito, pois acho que tudo começa dai, e principalmente na infância, aos pais dessas crianças, eu desejo paz no coração, e a toda sociedade que acompanhou este caso com espanto, eu digo: Não sejam preconceituosos, respeitem as diferenças e façam do Brasil, um lugar mais harmonioso para nossos filhos/netos .. Este fato lamentável é apenas o início, e podemos mudar o fim .. Cabe apenas a seguinte pergunta e reflexão .. Você Deseja mudar?



Patricia Gois

9 comentários:

  1. olá Patrícia!
    realmente na manhã seguinte à chacina estava um clima de cemitério na sala...

    estamos nos formando em professores!!! rs

    comentários sarcásticos à parte,
    creio que ele realmente sofreu algum tipo de bullying, contudo, ele preferiu alimentar sua obsessão ao longo dos anos, isolando-se da sociedade.
    é onde surge a pergunta: há limite entre loucura e normalidade?
    infelizmente muitos são os que se isolam em seus próprios mundos, ignorando que haja outras verdades, ou seja, confinam-se em sua zona de conforto
    claro! nem todos agem neste extremo!!!
    contudo, devemos lembrar de uma frase do mestre Jim Rohn

    "Para o mundo mudar, EU tenho que mudar"

    ResponderExcluir
  2. Ola, desde o dia que soube o que ocorreu, nem precisei ler e nem pesquisar, ja deduzi nos primeiros momentos os motivos que levou ele a fazer o que fez.
    Hoje pesquisando no google para saber que tipo de bulling ele sofrer achei seu blog. Lendo ele, comecei a chorar, passei por tudo isso tambem, tentei me matar aos com 15 anos, mas da mesma forma que vc, conseguir reverter e superar, pois a gente teve uma estrura talvez um pouco melhor que a dele, tambem não nego essas vontades que vc citou. Mais isso fica no passado bem distante, hoje tenho uma carreira, amigos que me respeitam.
    Esse mundo precisa a aprender a conviver com as diferenças e não usar ela como motivo de divisão.
    Sabe, eu não consigo ter raiva dele, e sim do, um sentimento de pq ninguem ajudou ele, pq eu não estive la, para dizer um pelo menos "Bom Dia Amigo", talvez nada disso fosse acontencer.

    ResponderExcluir
  3. Bem, coisa estranha esse sistema de comentarios, mais fui eu que postou como Teste acima, nem lembrava desse blog rsrsr
    mais segue ai o meu blog para contato.

    ResponderExcluir
  4. Não tinha amigos, não batia papo nem contava piada, nunca namorou, jamais lhe deram um cheiro no cangote ou alisaram sua mão, nunca transou, não torcia por time algum, nunca foi ao Maracanã, não xingou juiz de ladrão, de sua garganta jamais saiu um grito apaixonado de gol, não desfilou em qualquer bloco de carnaval. Passava o tempo na internet, em jogos eletrônicos, mas nunca recebeu um aviso no facebook solicitando: “me adicione como amigo”.
    Esse filme a gente já viu. Ele é americano. Surge, agora, uma produção brasileira
    A história de Wellington começa a ser contada, aos fragmentos, por colegas, vizinhos e irmãos adotivos entrevistados pela mídia, com registros esparsos sobre seu nascimento e sua passagem pelo mundo da família, da escola e do trabalho. Aliás, ele não nasceu, foi excluído do ventre de sua mãe - uma moradora de rua com problemas mentais.
    Precisa de carinho
    Na escola, usava calças com cós acima da cintura e meias até os joelhos. A menina mais bonita da turma se jogava em cima dele, fingindo assediá-lo, só pra sacanear. Ganhou fama de homossexual. Não reagia às agressões, à semelhança do estudante de origem sul coreana, nos Estados Unidos, Cho Seung-hui, que matou 32 pessoas na Universidade de Virginia e deixou uma carta dizendo ter sido discriminado como um bicho: “eu morro como Jesus Cristo, para inspirar gerações de pessoas fracas e indefesas”.
    Quem produziu Wellington? Por que um espetáculo tão macabro, no qual todos somos perdedores? Se não procurarmos responder essa pergunta, outros Wellingtons surgirão, tirando o gostinho dos Bolsonaros por seu linchamento, já que se suicidou. O diabo é que estamos todos perplexos, confusos. Quem diz que sabe o porquê do acontecido, sinalizando um único fator como a causa de tudo, comete um erro.Desconfio que além das pessoas tocadas de perto pela tragédia, precisamos todos, os 180 milhões de brasileiros, de assistência psicológica.
    Enquanto isso, só nos resta fazer como os familiares das crianças assassinadas e os moradores de Realengo que nesse sábado deram um enorme abraço na Escola Tasso da Silveira.
    Alô, Alô, Realengo, aquele abraço solidário que Wellington nunca recebeu, levando consigo três fiapos de humanidade: o beijo na testa da professora de literatura, a preocupação com os animais desamparados e a retirada de um aluno de sua mira: “fica frio, gordinho, que eu não vou te matar”.

    ResponderExcluir
  5. Eu me lembro que sofri bulling quando era bem novinha, no inicio de minha vida escolar, eu era muito timida, quando tinha 7 anos meus pais estavam se separando... alem de timida eu era uma criança que estava sofrendo com a separação dos meus pais, então era timida e triste.
    Devido esta timidez e tristeza as crianças me isolavam, eu ficava sozinha no intervalo, não brincava com ninguem, as crianças roubavam minhas coisas (lapis de cores, lapizeiras, etc) e eu não tinha coragem de reclamar devido a timidez.
    Mas, o pior de tudo era uma professora minha, eu estava na 1ª serie (o ano era 1986 ou 1987), Ela se chamava Maria de Fatima ou Fatima Maria (não me lembro direito), ela dava aula em uma escola chamada Bom Jesus em Uberlandia (onde eu estudava). Esta professora me ridicularizava na frende dos colegas...imaginem?!! Eu tinha apenas 7 aninhos... Se a professora me ridicularizava, as crianças então faziam a festa!!
    Como eu estava passando por uma fase muito dificil em casa devido a separação dos meus pais, eu não fazia direito as tarefas, não prestava muita atenção nas aulas, afinal, meus problemas eram enormes para uma garotinha tão nova... Esta professora, pegava meu caderno e mostrava para a turma,puxava minha orelha, gritava comigo o tempo inteiro.
    Certa vez ela estava escrevendo a materia no quadro e perguntou se podia apagar ou alguem ainda estava copiando. Euntão eu levantei o braço e disse que ainda estava copiando a materia do quadro. Então ela olhos para mim e dize: So podia ser né?!! E apagou a materia inteira...
    Um dia eu estava com uma baita dor de garganta e com febre. Minha mãe ate queira que eu ficasse em casa mas, eu quiz ir a aula pois tinha medo de faltar e a situação com a professora ficar pior ainda. Como minha guardanta estava muito inflamada eu estava com mal alito (normal, claro... a guarganta estava inflamda). Esta professora foi ate minha carteira e falou bem alto que eu estava com mal alito.... eu fiquei com tanta vergonha, devo ter ficado vermelhinha... ele me pegou pelo braço e disse para eu ir ate a secretaria, pedir uma escova de dente... nisto uma moça da secretaria estava entrando na sala e eu com os olhos cheio de lagrimas disse que eu estava com a guarganta inflamado, por isto o mal alito. A moça com pena de mim, foi comigo ate a sala de disse que eu estava com dor de guardanta e esplicou para a turma (consertando um pouco a maldade da professora)
    Eu cresci, mudei de escola e tudo mudou, na adolescencia eu tive muitos amigos, namorados, era popular na faculdade. Hoje sou concursada, ganho bem, sou um sucesso profissional. Tenho uma linda casa, um marido maravilhoso. Muitos amigos...
    Mas, gando lembro desta fase me dá uma dor no peito. Tenho voltade de encontrar esta prodessora e dizer poucas e boas para ela. E mostrar que hoje sou muito melhor que ela... em tudo!!

    ResponderExcluir
  6. Oi Patríca, faço suas as minhas palavras!!!
    Hj mesmo ainda comentei q sinto pena do Wellington.
    Ele realmente é fruto da convivência com pessoas hipócritas, mto piores q ele, pessoas sem sentimentos, sem valores, pessoas vazias q hj, deveriam sentindo vergonha e arrependimento por td q fizerem ele sofrer.
    Como vc mesma disse q já passou por situações semelhantes a ele, sabe bem o q ele deve ter sofrido diariamente...lamento mto pelas crianças q perderam a vida ou estão machucadas, lamento mais ainda por ele ter "castigado" àquelas q nada tinham a ver.

    ResponderExcluir
  7. somente quem passa por este tipo de situação vexatória ou esta exclusão forçada sabe o quanto realmente sofre.. seja pelo peso, pela cor, pela orientação sexual ou por qualquer outro motivo. pelos videos gravados pelo mesmo percebe-se de longe que ele era um rapaz com serios problemas de ordem psicológicas. não sei se diante dos fatos sinto pena (por todos os acontecidos) se fico chocado (por nao acreditar para onde a humanidade caminha) se fico inerte observando os fatos ou se me solidário e com o grito preso na garganta clamo que não se trate os efeitos mais sim as causas e numa alusão ao seu texto ''trate o preconceito'' o diferente tem o direito de ser diferente.

    ResponderExcluir
  8. Caraca, esse post rendeu comentários em Patrícia? okaskosakosa bom bom, estou de acordo com tudo e todos.

    E eu ia afirmar a parte em que ele sofreu preconceito das pessoas com que ele conviveu, citando sobre o "gordinho" que ele poupou. Está claro, assim que fiquei sabendo das notícias na televisão logo liguei os fatos, não vejo pq a sociedade brasileira está confusa. Só pode estar confusa que nunca sofreu nenhum tipo de bulling.
    Eu estava meio receosa de expor minha opinião sobre esse assunto, pois pensei que todos fossem apontar o dedo da minha cara e dizer "TER DÓ? ELE É SÓ UM MONSTRO, VOCÊ NÃO VÊ?" Então me limitei as dizer no twitter e comentar com alguns amigos mais chegados. Não tenho medo de expor o que eu penso, se todos podem acusa-lo de animal, eu posso dizer SIM que ele é injustiçado e amargurado. Só não queria me cansar discutindo uma guerra que já está perdida. Ou não.
    Achei inclusive digno ele querer doar a casa pra instituições que cuidam de animais. É claro que se fosse meu filho naquela chacina, eu com certeza não estaria com pena dele, cega pelo ódio. Mas como não é, só de ouvir sobre a ajuda que ele queria fazer com os animais, já me partiu o coração, e vi como você Paty, que ngm nasce assassino. Isso me fez refletir. E acha-lo digno de perdão, quem sabe.

    Quem sabe?

    ResponderExcluir
  9. TODOS os comentarios que leio sempre chingando ele nesse blog algumas opinioes onde se parecem mais com a minha, acho que ele foi um fruto de uma sociedade hipocrita onde apenas os bonitinhos sao valorizados, mas pro meu azar isso nao me acontecia na escola porem dentro de casa nasci acima do peso com 4,900 mas eu nao tinha culpa de todos meus irmaos 2 me humilhavam de tudo por se groda e nunca fui defendida pela minha mae isso qdo nao era ela quem o fazia cresci insegura onde apenas a aparencia fisica e valorizada nunca me valorizaei planejava meu suicidio desde os 12 anos entao com 17 quando nao morava mais em casa e ja estava com50 kilos de tanto regime pra ficar igual eles começaram as tentativas foram varias nunca de metodo violento porem queria aque fosse certeiro tentei com bebidas alcolicas em medicamnetos, somente com medicamento e tbm com veneno, porem sobrevivi bem ou mal ia vivendo somente fui procurar um psicologo que depois me enviou a um psiquiatra aos 24 anos quando novamente ia começar as tentativas,hoje com 26 estou muito melhor porem em todos esses anos nao teve uma pessoa que me pedisse se precisava de ajuda era uma coisa obvia bastava olhar pra mim . . . .eu na tinha estrutura emocional nao tinha rumo a unica coisa que me mantinha era o trabalho onde as vezes cometia erros graves devido falta de concetração, mas nunca alguem me falou pra procurar um psicologo , podem ate achar hipocresia mas quando se esta "doente" emocionalmente voce nao ve uma saida a nao ser o suicidio e se a revolta for grande dai da tragedia se multiplica, nao acho ele um psicopata, psicopata nao tem sentimento, nao se importa com os outros nesse caso psicopata quem fez isso a ele ,queria tanto poder ver a cara das pessoas que faziam isso com ele no colegio era facil fazer coverdia com quem ja apresentava problemas quero ver eles agora assumir perante o mundo a culpa pelo que fiaeram e tbm pra poder olhar pra elas e dizer " voces carregam a culpa das 13 mortes das 12 crinças e da dele "

    ResponderExcluir